Melo fala em estrangulamento do sistema de saúde de Porto Alegre com o programa Assistir

Melo fala em estrangulamento do sistema de saúde de Porto Alegre com o programa Assistir

Comitiva da Granpal esteve na Assembleia para defender a manutenção de valores de repasses para a Saúde dos municípios

Correio do Povo

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O programa Assistir, estabelecido por decreto pelo governo do RS e que modifica as regras de repasses de recursos da saúde, segue na mira dos prefeitos que compõe a Associação dos Municípios da região Metropolitana (Granpal). Nesta quinta-feira, o grupo de executivos municipais, liderados por Sebastião Melo, esteve na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, da Assembleia Legislativa com a intenção de defender a manutenção de valores. Melo, ao falar do assunto, destacou que Porto Alegre ficará prejudicada com implementação da iniciativa estadual.  

“Nós precisamos de um sopro de esperança”, destacou. “Se o programa for implementado, o sistema de saúde da Capital ficará estrangulado. Os outros municípios já disseram que vão comprar ambulâncias e encaminhar os pacientes para Porto Alegre”, acrescentou. 

Melo lembrou que os cortes vão chegar a R$ 205 milhões na região. “A perda de recursos dos hospitais metropolitanos vai afetar diretamente o Sistema Único de Saúde (SUS) no Rio Grande do Sul como um todo”, constatou. Também participaram da comitiva a vice-presidente da Granpal e prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt; o prefeito de Canoas, Jairo Jorge; e o prefeito de Sapucaia do Sul, Volmir Rodrigues.

Conforme o programa original, proposto pelo Piratini, 54 instituições perderiam verbas. Entre elas o Hospital de Pronto Socorro, que teria redução de R$ 25 milhões por ano. Segundo a colunista de Correio do Povo Taline Oppitz, o Assistir deverá passar por modificações. Uma emenda, pluripartidária, de R$ 315 milhões para suprir as perdas foi apresentada e negada pelo relator. Mas a mesma será reapresentada durante a votação do orçamento pelo plenário da Casa. E tudo indica que será aprovada, forçando o Executivo a recuar.

A reportagem entrou em contato com o governo do RS para se manifestar sobre o assunto. O espaço está aberto para declarações. 


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