Mendonça nega ação no STF contra PEC dos Benefícios

Mendonça nega ação no STF contra PEC dos Benefícios

Ministro negou pedido que tentava suspender tramitação da PEC avaliando que não há requisitos mínimos necessários


R7

Ministro do STF André Mendonça nega ação no STF

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O ministro do Supremo Tribunal Federal André Mendonça negou o pedido de suspensão da tramitação da PEC dos Benefícios na Câmara. Ele avaliou que não havia requisitos mínimos necessários para aceitar o mandado de segurança, apresentado pelo deputado Nereu Crispim (PSD-RS).

O parlamentar é presidente da Frente Parlamentar do Caminhoneiros, mas foi ao STF contra a proposta de emenda à Constituição que estipula um auxílio mensal de R$ 1.000 à categoria, entre outros benefícios, por avaliar que ela representa um desvio de finalidade.

Com a decisão de Mendonça, a PEC continua a tramitação atual. Nesta quinta-feira (7), ela foi aprovada em Comissão Especial na Câmara e levada ao plenário, mas acabou adiada após Arthur Lira (PP-AL) analisar a quantidade de presentes na sessão e temer que não haveria votos necessários para a aprovação.

A análise da PEC dos Benefícios está marcada para a próxima terça-feira (12). Lira avaliou o quórum com base na votação do requerimento pelo fim da discussão sobre o tema. Foram 427 participantes e 303 votos favoráveis. A votação de uma PEC exige ao menos 308 deputados a favor. 

O que prevê a PEC?

Auxílio Brasil: passará dos atuais R$ 400 para R$ 600, até o limite do custo de R$ 26 bilhões. O  valor vai ser pago entre agosto e dezembro. De acordo com a matéria, o governo terá de zerar a fila para recebimento do benefício. Assim, a previsão é que o programa passe a atender 19,8 milhões de famílias.

Voucher para caminhoneiros: prevê o pagamento, de julho a dezembro deste ano, de um auxílio mensal aos caminhoneiros no valor de R$ 1.000, com o limite de R$ 5,4 bilhões aos cofres públicos. O benefício deve chegar a quase 900 mil profissionais. Para evitar o recebimento indevido do voucher, somente transportadores registrados como autônomos no Registro Nacional de Transportadores Rodoviários de Cargas (RNTRC) até 31 de maio de 2022 receberão o benefício.

Voucher para taxistas: pagamento de seis parcelas, entre julho e dezembro deste ano, a taxistas registrados até 31 de maio, até o limite de R$ 2 bilhões de custo aos cofres públicos. O texto ainda não definiu qual será o valor individual do subsídio a cada motorista de táxi.

Auxílio Gás: o valor será dobrado. Atualmente, as famílias beneficiadas têm direito a um valor equivalente ao preço de meio botijão de gás de 13 kg a cada dois meses; o texto eleva esse valor para o equivalente ao preço de um botijão de gás. O valor vale de julho até o fim de 2022. A previsão é de gasto de R$ 1 bilhão.

Gratuidade dos idosos: repassar R$ 2,5 bilhões à União, estados, Distrito Federal e municípios que dispõem de serviços de transporte público urbano e metropolitano. O objetivo é minimizar as perdas das companhias em razão da gratuidade da tarifa oferecida a passageiros com 60 anos ou mais, conforme previsto no Estatuto do Idoso.

Alimenta Brasil: previsão de uma suplementação de R$ 500 milhões ao programa, que tem como finalidade promover o acesso à alimentação e incentivar a agricultura familiar. Para o alcance desses dois objetivos, o programa compra comida produzida pela agricultura familiar, com dispensa de licitação, e a destina a pessoas em situação de insegurança alimentar.

Compensação ao etanol: compensação financeira à cadeia produtiva do etanol na ordem de R$ 3,8 bilhões, em cinco parcelas mensais de R$ 760 milhões entre agosto e dezembro deste ano. O valor será repassado exclusivamente a estados que outorgarem créditos tributários do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) aos produtores ou distribuidores de etanol hidratado em seu território.


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