Ministro de Minas e Energia pede que brasileiros usem recursos com consciência

Ministro de Minas e Energia pede que brasileiros usem recursos com consciência

Segundo Bento Albuquerque, normalização de produção elétrica vai reduzir custos para consumidores


R7

Segundo Bento Albuquerque, as primeiras ações do governo para combater a crise foram tomadas ainda em 2020

publicidade

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou nesta quarta-feira que os brasileiros devem usar os recursos com consciência. Ele participou do programa Voz do Brasil sobre o atual panorama hídrico e energético no Brasil. O país, que está com níveis críticos de reserva hídrica em reservatórios estratégicos, passa pela maior estiagem dos últimos 91 anos.

“O governo monitora o setor elétrico brasileiro 24 horas por dia. Estamos planejando para que o país mantenha a sua segurança energética e a energia no menor custo possível”, afirmou o ministro.

Segundo Bento Albuquerque, as primeiras ações do governo para combater a crise foram tomadas ainda em 2020, quando havia apenas previsão do atual cenário. “Desde o ano passado, quando observamos que teríamos um período hidrológico desfavorável, iniciamos a importação de energia da Argentina e Uruguai. Também autorizamos despachos de usinas termelétricas para preservar ao máximo os nossos reservatórios”, disse.

Sobre as tarifas em bandeira vermelha que são aplicadas em grande parte das regiões metropolitanas, o ministro afirmou que o custo de produção energética de matrizes diferentes da hidrelétrica, como é o caso das termelétricas, é diferenciado e, portanto, acaba sendo mais pesado no bolso do consumidor. “O custo da energia é devido à fonte energética que a produz. Como estamos utilizando termelétricas, o custo da conta de energia está mais caro. Mas assim que voltarmos, o custo voltará a ser menor. Isso orienta o consumidor”, informou Bento Albuquerque.

O ministro alertou ainda que a necessidade de gerenciamento estratégico da produção energética brasileira continuará mesmo após o período de crise hídrica, já que o consumo de energia elétrica tende a crescer após longos períodos de seca, “Os nossos reservatórios funcionam como baterias para as hidrelétricas. O princípio é preservar o máximo possível de água, para quando alcançarmos o fim do período seco para gerar energia. Temos que ter potência para se contrapor ao pico de demanda.”

“A ideia é essa: preservar água nos reservatórios, garantir a segurança energética e prover o melhor serviço possível aos consumidores”, enfatizou.

Leilão de reserva de capacidade

Segundo explicou Bento Albuquerque, o leilão de reserva de capacidade faz parte da modernização do setor elétrico brasileiro. A ação permitirá que, em casos de necessidade futura, o Brasil possa preservar os recursos hídricos e usar energia além da disponível pela produção interna.

O ministro lembrou que a mudança de bandeiras é um sinal de previsibilidade do custo elétrico tanto para grandes consumidores. “Temos que nos conscientizar de que há um desafio a ser superado - a maior crise hídrica dos últimos 91 anos. Mas, temos todos os instrumentos, todas as condições de superar esse desafio”, disse Bento Albuquerque.

O ministro de Minas e Energia fez, ainda, um apelo à população. Ele pediu para que todos participem da economia, dentro do possível, que haja preservação e uso consciente de água.

Marco legal do gás

Sobre a aprovação do Marco Legal do Gás, publicada no dia 9 de abril, o ministro afirmou que a legislação é uma grande oportunidade para atrair investimentos e que há tendência de redução no preço do gás de cozinha para consumidores.

“Isso é um marco legal aguardado há 20 anos pela nossa sociedade. Só a aprovação da Lei do Gás pelo Congresso Nacional já significa um número enorme de investimentos”, concluiu.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895