Ministro do Meio Ambiente anuncia redução de desmatamento e comemora dados

Ministro do Meio Ambiente anuncia redução de desmatamento e comemora dados

De acordo com Joaquim Leite, houve redução em novembro de 19,5% em relação ao mesmo período do ano passado

R7

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O governo federal anunciou, nesta terça-feira, que registrou em novembro queda de 19,5% do desmatamento ilegal na região amazônica em relação ao mesmo mês do ano passado. O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, comemorou os dados e disse que o país segue cumprindo os compromissos feitos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26) e avaliou que o Brasil está na "direção correta".

Os dados, apresentados pelo ministro em coletiva de imprensa realizada no Palácio do Planalto, foram aferidos pelo sistema Deter-B (Detecção do Desmatamento em Tempo Real), que teve início em 2016 e apura alertas de destruição de matas. Segundo Leite, a queda de 19,5% (249 km²) em novembro comparado com o mesmo período de 2020 (302 Km²) representa o menor número de desmatamento em seis anos.

"É um número importante e reflete a integração com os ministérios da Justiça e da Defesa. Os resultados já são de quatro meses e isso faz parte do ano-calendário, e nós entendemos que a queda nesse período, de 12%, e em especial em novembro, de 19,5%, já refletem melhor as operações do governo", afirmou.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, também participou do evento. "Eu falo da nossa gestão, é difícil falar de gestões anteriores, mas eu conheço a problemática da região amazônica. Esse é um problema nacional e que precisamos entender o tamanho do problema e enfrentá-lo. E, hoje, nós estamos vindo mostrar que o trabalho foi feito a partir da nossa chegada. Já estamos trazendo resultados positivos. Isso é um fato", defendeu.

Recentemente, o país registrou recordes de desmatamento ilegal na região amazônica. De acordo com dados divulgados pelo INPE (Instituto de Pesquisas Espaciais), 877 quilômetros quadrados da Amazônia foram desmatados em outubro – recorde para o mês na série histórica do mesmo sistema mencionado pelo ministro do Meio Ambiente.

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), a Amazônia perdeu em um ano, de agosto de 2020 a julho de 2021, uma área de floresta de 10.476 km², território seis vezes maior do que a cidade de São Paulo. O número equivale a um aumento de 57% em relação ao mesmo período do calendário anterior e é a pior marca dos últimos dez anos.

Guardiões do Bioma

A atuação na região amazônica ganhará reforço com o início da operação Guardiões do Bioma. A ação será coordenada pela Secretaria de Operações Integradas do Ministério da Justiça e Segurança Pública e dará continuidade à integração dos órgãos de fiscalização federais, estados e municípios.

Segundo Leite, o planejamento da operação está em fase final e será uma nova ferramenta para reforçar o combate ao desmatamento na região. “Vamos apresentar o planejamento nos próximos meses, assim que a gente fechar o orçamento. Vamos ser mais contundentes e esses números serão ainda melhores”, afirmou.

COP26

Leite falou também sobre os compromissos assumidos pelo país durante participação na COP26. Na ocasião, o ministro anunciou que o Brasil pretende ampliar as metas climáticas — uma delas é reduzir a emissão de gases de efeito estufa em 50% até 2030. A estimativa anterior era uma redução de 43%. O governo propôs ainda eliminar o desmatamento ilegal e a redução de metano.

"Os números de agosto, setembro, outubro e novembro mostram uma redução de 12%. Significa que estamos na direção correta para que consigamos atingir o objetivo de eliminar o desmatamento ilegal até 2028", disse Leite.

O ministro contou que visitou, na última segunda-feira (13), projeto feito no Rio Grande do Sul que está eliminando o metano dos lixões. "E, por parte do governo federal, nós temos programas significativos nessa área, que é o Lixão Zero, que já fechou 20% dos lixões a céu aberto no Brasil. E essa política que está sendo realizada, juntamente com a iniciativa privada, está fazendo com que a gente reduza o metano na atmosfera, o que é bastante importante", complementou.


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