"Ministros não estão sendo sérios", diz Silveira sobre julgamento no STF

"Ministros não estão sendo sérios", diz Silveira sobre julgamento no STF

Supremo analisa ação que pode tornar deputado inelegível por oito anos; ele é acusado de ter feito ameaças ao tribunal e a ministros 

R7

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O deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) criticou o julgamento pelo Supremo Tribunal Federal de uma ação penal contra ele e disse que os ministros da corte "não são sérios". Nesta quarta-feira, o STF iniciou a análise de uma denúncia contra o parlamentar de ameaças que ele fez ao Supremo e aos ministros.

"O Alexandre de Moraes [relator do processo] não é uma pessoa séria. Os ministros não estão sendo sérios no processo", ponderou o deputado, que classificou o julgamento como "ilegal". "Quem votar a favor dessa ação penal não é sério. Nem merecia estar lá no STF. Multaram até meu advogado por recorrer", acrescentou.

Antes de o STF começar a análise do processo, Silveira foi ao prédio do Supremo para tentar acompanhar o julgamento no plenário. A entrada dele, no entanto, foi vetada em razão de uma resolução que proíbe a presença de público por conta da Covid-19. O parlamentar, então, voltou ao gabinete dele na Câmara, mas deixou o local nesta tarde para viajar ao Rio de Janeiro.

Durante a manhã desta quarta, o parlamentar fez um discurso no plenário da Câmara e atacou Moraes. "Fiquei 11 meses em um presídio sem crime. Mas acho que eu estava mais livre, porque o menor presídio do mundo é a toga do ministro Alexandre de Moares, que só cabe um marginal", disse.

Silveira responde a uma ação penal no STF protocolada no ano passado com base em denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) que atribui ao deputado os crimes de coação no curso do processo, de "incitar a animosidade entre as Forças Armadas e as instituições civis" e de "tentar impedir, com emprego de violência ou grave ameaça, o livre exercício de qualquer dos poderes da União ou dos Estados".

Caso a maioria do Supremo forme maioria para condená-lo, Silveira será enquadrado na Lei da Ficha Limpa e, assim, ficará inelegível pelos próximos oito anos. Se o julgamento terminar ainda antes das eleições de outubro, o deputado não poderá disputar o pleito


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