Moraes dá 10 dias para PF concluir relatório sobre suposto vazamento de dados por Bolsonaro

Moraes dá 10 dias para PF concluir relatório sobre suposto vazamento de dados por Bolsonaro

Ministro deu maior prazo para que a PF analise mensagens de caso que apura suposto vazamento de dados sigilosos sobre o TSE

R7

Alexandre de Moraes deu 10 dias para Polícia Federal concluir relatório sobre vazamento de dados

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deu mais dez dias para que a Polícia Federal elabore um relatório analisando mensagens de um inquérito que apura um suposto vazamento de dados por Bolsonaro. No começo deste mês, Moraes havia determinado o procedimento em 15 dias.

O inquérito em questão analisa um fato de agosto de 2021, quando o presidente divulgou, via redes sociais, a íntegra de um inquérito da PF que apurava um possível ataque ao sistema interno do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018. Segundo o próprio tribunal, não houve qualquer risco eleitoral. Porém, a divulgação de Bolsonaro passou a ser investigada após ministros do TSE enviarem uma notícia-crime para apurar o vazamento de informações sigilosas.

A Polícia Federal investigou o caso e encaminhou as mídias com o material obtido da quebra de sigilo telemático. Alexandre de Moraes solicitou, ainda, um relatório específico da diligência, “essencial para a completa análise dos elementos”, como citou no pedido. A PF tem agora até o dia 27, dez dias após o despacho do ministro do STF, para enviar o relatório.

Em despacho da delegada Denisse Dias Rosas Ribeiro, da Polícia Federal, a investigação apontou que elementos colhidos em diligências mostram uma "atuação direta, voluntária e consciente" de Bolsonaro na violação de sigilo, divulgando informações que deveriam permanecer em segredo até o fim das apurações.

Já a PGR avaliou que as informações não estavam protegidas por sigilo e pediu arquivamento do inquérito contra o presidente. A Corregedoria da PF concluiu que o inquérito divulgado por Bolsonaro com informações sobre suposto ataque de hackers ao TSE não estava sob sigilo judicial. 


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