Moraes dá 15 dias para Magno Malta explicar fala sobre Barroso bater em mulher

Moraes dá 15 dias para Magno Malta explicar fala sobre Barroso bater em mulher

Decisão foi dada nesta terça-feira (14). Ex-senador fez acusações contra magistrado do STF durante evento conservador

R7

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu prazo de 15 dias para que o ex-senador Magno Malta se explique pela declaração de que o ministro do STF  Luís Roberto Barroso comete agressão contra a mulher.  A determinação data desta terça (14).

Em discurso durante evento conservador realizado no último final de semana, Malta relatou que Barroso é alvo de dois processos no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sendo um deles por "espancamento de mulher". "O Barroso bate em mulher", disse o ex-senador, aliado do presidente Jair Bolsonaro.

Após a declaração, Barroso acionou o Supremo por calúnia e pediu o enquadramento do ex-parlamentar no inquérito das fake news. A ação foi sorteada na mais alta Corte do país, e Moraes foi escolhido como relator.

Em sua decisão, Moraes argumenta ser evidente haver ligação entre a conduta do ex-senador e fatos investigados pelo inquérito de fake news, que apura disseminação de conteúdos falsos com o objetivo de atacar o Poder Judiciário. "Os fatos atribuídos a Magno Pereira Malta nesta denúncia assemelham-se, em acentuado grau, ao modus operandi da organização criminosa investigada no inquérito."

Em nota divulgada pela assessoria do STF, Barroso negou eventual crime. Confira abaixo o comunicado na íntegra:

"O gabinete do ministro Barroso informou que, em 2013, chegou ao STJ recurso de uma advogada dele desconhecida, em uma ação contra diversos agentes públicos. Entre eles, desembargadores, procuradores e o próprio ministro, à época advogado. A referida advogada, numa história delirante, dizia ter sido atacada moralmente na tribuna durante uma sustentação. O ministro nunca sequer viu a referida advogada. O fato simplesmente não aconteceu, vindo o recurso a ser arquivado. Não há qualquer vestígio de veracidade na fala de Magno Malta.

Ao arquivar o caso, a Ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), determinou que as informações do processo com as falsas acusações fossem enviadas ao Ministério Público e à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para apurar possíveis infrações penal e administrativa cometidas pela advogada."

A reportagem do R7 procurou contato com Malta. O espaço está aberto para manifestação do ex-parlamentar.


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