Moro adia depoimento de Eduardo Cunha para depois das eleições

Moro adia depoimento de Eduardo Cunha para depois das eleições

Juiz atendeu pedido da defesa por atraso na resposta de quesitos complementares formulados na ação

Agência Brasil

Juiz atendeu pedido da defesa por atraso na resposta de quesitos complementares formulados na ação

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O juiz Sérgio Moro adiou para depois do segundo turno das eleições de outubro o depoimento do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (MDB/RJ), no âmbito da operação Lava Jato. O depoimento, que estava marcado para esta quarta-feira, foi remarcado para o dia 31 de outubro às 14h. O segundo turno das eleições está previsto para o dia 27.

Na decisão da 13ª Vara Federal de Curitiba, o juiz acatou pedido da defesa de Cunha. Segundo o despacho de Moro, a defesa do ex-deputado afirma que "os quesitos complementares formulados pela Defesa ainda não foram respondidos pelo perito e, igualmente, que o interrogatório do acusado pode ser utilizado para prejudicar a campanha de sua filha, Danielle Cunha, para o cargo de Deputada Federal pelo partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB)".

Na decisão, o juiz intima o delegado da Polícia Federal Felipe Hideo Hayashi "para que esclareça quanto à apresentação do laudo complementar" após o fim do prazo de 15 dias. "Diante da ausência do laudo complementar, redesigno os interrogatórios de Eduardo Cosentino da Cunha e Solange Pereira de Almeida para 31/10/2018, às 14h", escreveu.

Em março de 2016, os ministros do STF decidiram pela abertura de ação penal contra Cunha e a ex-deputada federal e atual prefeita de Rio Bonito (RJ), Solange Almeida, proposta pelo então procurador-geral da República Rodrigo Janot. O ex-deputado e Solange foram acusados por crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em contratos de fornecimento dos navios-sonda Petrobrás 10.000 e Vitória 10.000.

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