Motociata de Bolsonaro gera mobilização de políticos gaúchos

Motociata de Bolsonaro gera mobilização de políticos gaúchos

Deputado estadual pede informações sobre custo; vereadores da oposição querem fiscalização do ato

Correio do Povo

Em São Paulo, a motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão

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A "motociata" do presidente Jair Bolsonaro, prevista para esse sábado, em Porto Alegre, gerou mobilização por parte de políticos do RS. O deputado estadual Fábio Ostermann (Novo) protocolou nesta sexta-feira o pedido de informações ao Governo do Estado para saber quanto custará aos cofres públicos o evento. O pedido ocorre porque, de acordo com informações dos organizadores, o encontro entre Bolsonaro e seus apoiadores irá mobilizar centenas de agentes de segurança pública. 

“É importante ressaltar que não se trata de um evento oficial do Governo Federal, mas de um ato político de campanha eleitoral antecipada de Jair Bolsonaro. Queremos saber quanto irá custar a estrutura de segurança pública da motociata para o bolso do pagador de impostos gaúcho”, pontuou o deputado. Em São Paulo, a motociata de Bolsonaro custou R$ 1,2 milhão, com a mobilização de 6,3 mil policiais, conforme dados oficiais do governo paulista. Já no Rio de Janeiro, o evento teria custado R$ 485 mil.

Bancada do PT solicita fiscalização

Por parte da oposição, o pedido foi de fiscalização. Na quinta-feira, os vereadores da bancada do PT na Câmara de Porto Alegre solicitaram que órgãos municipais de trânsito, saúde e segurança pública fiscalizem a motociata. O objetivo é evitar manifestações, tanto presidente quanto de seus apoiadores, que incitem ao ódio, violência, racismo, lgbtfobia, além de outros crimes previstos na Constituição e legislação federal. "Respeitamos a democracia e manifestações políticas, mas verificamos que outros atos semelhantes país afora desrespeitaram a legislação e não gostaríamos de observar a mesma prática em nossa cidade", explicou o vereador Aldacir Oliboni, líder do PT.

O pedido de providências que foi enviado ao Executivo alega que a prefeitura tem a obrigação zelar, pelo Código Brasileiro de Trânsito, o cumprimento de medidas sanitárias estabelecidas em decreto municipal e, caso não o faça, o agente público municipal poderá ser enquadrado em crime de prevaricação. Além do líder partidário, também assinam o texto os vereadores Jonas Reis, Leonel Radde e Reginete Bispo que integram a bancada petista na Câmara.


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