Mourão quer pessoal administrativo atuando contra desmatamento

Mourão quer pessoal administrativo atuando contra desmatamento

Vice-presidente afirmou que governo estuda uma forma de aumentar fiscalização na região da Amazônia e que Ibama tem apenas 300 fiscais

R7

“Como você vai operar com 300?”, questionou Mourão

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O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou nesta sexta-feira achar importante aumentar a fiscalização contra o desmatamento na Amazônia e que o governo estuda uma maneira de fazê-lo. Tambem nesta sexta, o governo estendeu a operação da Garantia da Lei e da Ordem que mantém a presença dos militares em áreas de conservação da Amazônia. A ação foi iniciada em maio.

Mourão afirmou que o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente), órgão responsável por fiscalizar crimes ambientais, tem apenas 300 fiscais espalhados pelo país. “Como você vai operar com 300”, questiona. O vice-presidente comanda o Conselho da Amazônia e lidera as discussões para tentar conter o desmatamento na área.

Ele disse que as maneiras de ampliar o efetivo seriam duas, basicamente. Uma delas é contratação direta, num momento em que o governo evita o lançamento de concursos para aumento do funcionalismo para conter despesas, e a outra seria o deslocamento de funcionários de áreas administrativas para a fiscalização.

"A gente precisa contratar gente, ou tirar a turma que está no ar-condicionado, no administrativo, e colocar no meio da selva. Tem muita gente que não gosta disso não, nós temos que buscar uma solução”, afirma Mourão, lamentando não haver flexibilidade para isso.

“Um faz concurso pra fiscal, o outro pra agente administrativo, por que eu não posso em algum momento chamar os do administrativo, que estão em excesso, e passar para o lado da fiscalização”, questiona.

O vice-presidente também comentou o aumento no desmatamento. Segundo o Inpe, ele cresce há 14 meses. Mourão avaliou que a ação do governo na região deveria ter começado antes.  “Começou tarde. O começo em maio vai nos dar uma situação, vamos dizer assim, uma melhor em relação às queimadas, mas não ao desmatamento”, declarou.


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