Movimento da região Sul amplia discussão no PSDB

Movimento da região Sul amplia discussão no PSDB

Conjunto de diretórios colocou o nome da prefeita de Pelotas no debate da sucessão de Eduardo Leite no governo do Estado

Mauren Xavier

Prefeita garante que não endossou o movimento em seu nome

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A ação de dez diretórios do PSDB da região Sul do Estado em indicar a prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, para concorrer ao governo do Estado, em outubro, acelerou discussões internas no partido e parece ter pego muitas lideranças tucanas gaúchas de surpresa, pelo menos oficialmente. A própria prefeita, em nota, ontem, disse que a disputa ao Piratini não é o seu foco neste momento, apesar de se sentir lisonjeada. Ela também ressaltou não ter estimulado “esse movimento em torno do meu nome”. 

A justificativa utilizada pela prefeita é que para efetivamente concorrer ao governo do Estado ela precisará renunciar ao comando de Pelotas antes de abril. “E considero difícil que o quadro se defina até o fim de março, quando seria o prazo fatal para mim. Não fecho a porta, no entanto, porque a responsabilidade em relação ao futuro do Estado é grande e é de todos nós, especialmente do governador e de seus aliados”. 

A situação de Paula é similar à da prefeita de Novo Hamburgo, Fátima Daudt (PSDB), que também chegou a ser sondada para estar na eleição de outubro, como vice ou até cabeça de chapa, inclusive recebendo convite de outros partidos. Se ela decidir por concorrer, terá que  fazê-lo dentro do calendário eleitoral. 

Sobre o movimento dos diretórios da região Sul do Estado, o governador Eduardo Leite, que foi o prefeito de Pelotas e teve como sua sucessora Paula Mascarenhas, disse ter sido “pego de surpresa”. “Não participei da discussão. Tomei conhecimento pela carta”, pontuou. Ele citou ainda que há outros nomes que estão na discussão interna, citando com ênfase o do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior, “que está profundamente integrado ao projeto do governo”. Ranolfo ingressou recentemente no partido e com o indicativo de ser possível candidato ao Piratini. 

Enquanto isso, Eduardo Leite tem reiterado a posição de que não irá concorrer à reeleição e também tem sinalizado para a composição com outros partidos, no sentido de dar continuidade à gestão. Na mesma linha, o presidente estadual do PSDB, deputado federal Lucas Redecker, ressaltou que o partido tem conversado com outras siglas, no sentido de coligações. “Temos o desejo legítimo de ter candidato (ao Piratini), o que não fecha nenhuma porta”, ponderou ele, sobre as discussões com os demais partidos, em especial os que integram a base de Leite. 


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