MP recebe mais indícios de fraude no pedágio de Portão

MP recebe mais indícios de fraude no pedágio de Portão

Material prova que câmeras eram focadas no teto dos veículos para isentar motoristas de pagamento

Correio do Povo e Rádio Guaíba

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O Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul recebeu, no fim da tarde desta sexta-feira, mais provas de que o pedágio comunitário de Portão, na ERS-240, operava de forma irregular. O material, levantado pela Força-Tarefa criada para investigar irregularidades no Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), confirmou as suspeitas de que as câmeras da praça de pedágio não filmavam as placas dos veículos e sim o teto.

A tática, de acordo com o secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Beto Albuquerque, servia para multiplicar a concessão de isenções para motoristas sem direito ao benefício. Receberam o material o promotor do Ministério Público Estadual, César Faccioli, e o promotor de Portão, Marcelo Tubino, encarregado do processo investigativo criminal.  “As estimativas são de que essa prática se repita em centenas de casos. Os indícios apontam que a fraude se dá em benefício do arrecadador, que cobra o pedágio, registra o automóvel como isento e fica com os valores cobrados”, explicou o secretário de Infraestrutura.

Desde quinta, Tubino ouve 19 pessoas envolvidas no caso, entre testemunhas e suspeitos. Conforme apurou a Força-Tarefa, pelo menos 85 mil carros por mês cruzavam de graça as cancelas do pedágio, já que não havia como identificar as placas de cada veículo. Só em janeiro, pelo menos 83 mil passagens ficaram isentas, contra um total de 173 mil pagas. De cada dois carros pagantes, um passava de graça.

A força-tarefa do Daer encerra suas atividades em 8 de julho. Mas o secretário de Infraestrutura e Logística adiantou que a apuração das supostas irregularidades no órgão devem seguir. Albuquerque informou que uma comissão especial irá realizar uma auditoria nos sistemas de controle eletrônico do Daer.

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