MPF denuncia investigado da CPI da Covid por corrupção nos Correios

MPF denuncia investigado da CPI da Covid por corrupção nos Correios

Francisco Maximiano, hoje investigado por ser diretor da Precisa Medicamentos, é acusado de fatos relacionados à Global Gestão


R7

Sessão foi de muitas perguntas e poucas respostas

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O MPF (Ministério Público Federal) denunciou Francisco Maximiano e outras quatro pessoas por suposto esquema de favorecimento à empresa Global Gestão Saúde em contratos milionários com os Correios. Maximiano, que hoje é diretor da Precisa Medicamentos, se tornou um dos principais investigados da CPI da Covid após uma série de denúncias de corrupção que envolvem a intermediação da empresa na compra da vacina Covaxin, contra a Covid-19. 

De acordo com as investigações do MPF, o empresário entrou em contato com o vice-presidente dos Correios em 2011 para propor um seguro que oferecia remédios a colaboradores de empresas privadas e públicas. O caso foi descoberto após delação premiada do ex-vereador da cidade de Americana (SP) Alexandre Romano, que admitiu estar envolvido no esquema. 

Ao mesmo tempo, o empresário teria oferecido o produto ao então presidente da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores das Empresas de Correios e Telégrafos), com quem a Global acabou assinando contrato. 

Segundo as investigações, dessa forma os agentes evitaram a necessidade de licitação para contratação dos Correios e transferiram ilegalmente recursos da estatal à Fentect para realizar os pagamentos sem fiscalização pública. 

No primeiro momento, a adesão ao seguro da Global pelos trabalhadores dos Correios era voluntária. Em 2014, porém, a adesão passou a ser obrigatória, o que fez o faturamento da empresa liderada por Maximiano pular de R$ 800 mil para R$ 3,2 milhões.

A partir dessa mudança, relata o MPF, o valor das propinas pagas por Maximiano ao vice-presidente dos Correios e ao ex-vereador Alexandre Romano também quadriplicou e saltou de R$ 50 mil para R$ 200 mil mensais. 

Para tentar ocultar a origem dos valores pagos, Romano usou empresas de fachada, que aparentemente prestavam serviços à Global Saúde. O MPF descobriu que duas dessas empresas nem tinham funcionários.

O Portal R7 tentou entrar em contato com Francisco Maximiano por meio da assessoria da Precisa Medicamentos, mas ainda não obteve resposta. Em relação às denúncias de fraude no contrato da Covaxin com o governo Bolsonaro, Maximiano se diz inocente. 


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