MPF pede que Ministério da Economia autorize concurso para Ibama em até 30 dias

MPF pede que Ministério da Economia autorize concurso para Ibama em até 30 dias

Último edital para contratação foi lançado em 2012

Correio do Povo

Segundo MPF, Ibama já formalizou pedido de abertura de concurso para 2020

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O Ministério Público Federal (MPF) enviou recomendação ao Ministério da Economia solicitando que o órgão autorize, no prazo máximo de 30 dias, a realização de concurso público para reposição da força de trabalho do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento pede ainda que seja promovido em 15 dias todas as adequações exigidas para permitir a autorização do concurso. A medida faz parte de um conjunto de providências sugeridas aos órgãos do governo para combater o aumento do desmatamento e das queimadas na Amazônia.

O último concurso para o Ibama aconteceu em 2012, com previsão de preenchimento de 108 vagas, sendo que apenas 27 foram destinadas à fiscalização ambiental. O texto foi encaminhado pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e é assinado pela Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do MPF (4CCR) e por procuradores da República que atuam na Amazônia Legal.

De acordo com o MPF, o Ibama já formalizou pedido de abertura de concurso para 2020, prevendo o preenchimento de 2.054 vagas.

O cronograma do recurso deve ser elaborado em no máximo 180 dias a partir da autorização. O documento informa que, entre 2012 e 2015, houve aumento de 75% na taxa de desmatamento, enquanto o quadro de fiscais ambientais diminuiu 15%. Além disso, em 2016, 58% dos fiscais ambientais na ativa possuíam idade igual ou superior a 50 anos, um perfil que dificulta a realização de ações de campo, que exigem bom condicionamento físico.

MPF também recomendou a realização de estudos a fim de quantificar o mínimo ideal de cargos para recompor a força de trabalho do Ibama, além de promover todas as medidas necessárias para realizar o concurso em caráter urgente. Os dois órgãos têm prazo de 10 dias para responder se acatam ou não a recomendação, além de informar as providências adotadas para garantir seu cumprimento.


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