"Mudar general no meio da guerra talvez não seja o melhor", diz Maia sobre Mandetta

"Mudar general no meio da guerra talvez não seja o melhor", diz Maia sobre Mandetta

Presidente da Câmara vê sinais de melhora no relacionamento entre Bolsonaro e o ministro da Saúde

AE

Maia acredita na manutenção do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta

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O presidente da Câmara do Deputados, Rodrigo Maia (DEM), acredita na manutenção do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, apesar das divergências entre o ministro e o presidente Jair Bolsonaro. 

"O Bolsonaro é um cara que gosta de fazer frases e mandar recados, mas foi ele quem nomeou o Mandetta e conhecia as suas qualidades. Ele disse que, na guerra, de forma nenhuma ia mandar embora o ministro. Fico com essa frase para crer na manutenção do Mandetta", afirmou o deputado, em entrevista ao Programa do Datena, para Rádio Bandeirantes.

Segundo Maia, como Bolsonaro veio das forças armadas, ele sabe que "no meio da guerra, mudar o general quatro estrelas não é o melhor momento", porque teria que mudar toda a estrutura e isso levaria entre dois e três meses.

O presidente da Câmara vê sinais de melhora no relacionamento entre os dois, e espera que os problemas de relacionamento sejam resolvidos em outro momento, priorizando a solução para a crise do coronavírus.

Guedes

Ao ser questionado sobre o ministro da Economia, Paulo Guedes, Maia destacou que o ministro é "um quadro de grande qualidade", mas que ficou muito tempo no Rio, afastado de Brasília e, que por isso, teve um pouco de dificuldade no começo.

O deputado destacou que Guedes está cercado por um excelente corpo técnico, destacando o presidente do Banco Central, Roberto Campos, sobre quem disse que tem aprendido muito sobre como o Banco Central deve atuar em um momento de crise.

"Guedes tem muita experiência e, mesmo com os conflitos que a gente tem de vez em quando, temos que resolver algumas questões. Hoje, temos que resolver a questão dos Estados e municípios. Nós temos um número, eles discordam e tem outro. Mas o grande debate não é quem ganha o texto, e sim como resolver o problema", disse Maia, em referência à queda da arrecadação de Estados e municípios.


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