"Não é o momento", diz Bolsonaro sobre aumento de salários do STF
Presidente eleito diz acreditar que ministros não farão pressão para que a matéria seja aprovada no Senado, devido à situação do Brasil
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"Nós estamos terminando o ano com déficit, vamos começar com outro déficit", afirmou ao sair do encontro com alto comando da Aeronáutica. Para ele, o poder judiciário "fará um gesto de grandeza, com toda certeza não fará tanta pressão assim para essa despesa agora", afirmou.
O presidente do Senado Federal, Eunício Oliveira, colocou na pauta da Casa desta quarta a votação do aumento dos salários dos ministros do STF. O presidente eleito afirma esperar que os parlamentares "decidam da melhor maneira possível essa questão".
Para o presidente eleito, é preciso um trabalho conjunto para "salvar o Brasil". "Estamos em uma profunda crise ética, moral e econômica. A responsabilidade tem que ser dividida por todos. Não vai ser uma pessoa que vai salvar o Brasil. Vai ser um conjunto de pessoas e nesse conjunto, estão todos os integrantes dos três poderes", disse.
Aumento salarial do Judiciário
Por 7 votos a 4, os ministros do STF decidiram, em agosto deste ano, enviar ao Congresso Nacional proposta para aumentar os próprios salários em 2019. Atualmente em R$ 33,7 mil, o salário pode passar para R$ 39 mil com reajuste de 16,38%.
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Se for autorizado, o reajuste provocará efeito cascata nos salários do funcionalismo e gerar despesa de R$ 4,1 bilhões na União e nos Estados, já que o contracheque dos ministros é o valor máximo para pagamento de salários no serviço público.