"Não existe um dado mínimo", diz Bolsonaro sobre economia com reforma da Previdência

"Não existe um dado mínimo", diz Bolsonaro sobre economia com reforma da Previdência

Mais cedo, presidente falou que valor giraria em torno de R$ 800 bilhões com as mudanças na PEC levantadas pelos deputados

AE

Presidente voltou a frisar que agora é com o Legislativo para reforma acontecer

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Depois de afirmar que o ministro da Economia, Paulo Guedes, aceita que a economia com a reforma da Previdência alcance R$ 800 bilhões em dez anos, o presidente Jair Bolsonaro disse no período da tarde que "não existe um dado mínimo", e que Guedes fala de uma economia de em torno de R$ 1,1 trilhão.

A afirmação foi feita quando Bolsonaro foi questionado sobre o número, e se ele havia conversado com o ministro da Economia. "Eu falei, converso. A bola agora está com o legislativo. São poderes independentes. Eu gostaria que a nossa proposta saísse na ponta da linha como entrou. Mas nós sabemos até pela minha experiência de sete legislaturas que haverá mudanças. Agora, não existe um dado mínimo. O Paulo Guedes fala em torno de R$ 1,1 trilhão. Eu espero que, em havendo qualquer desidratação, que não seja um número que comprometa uma reforma", disse Bolsonaro a jornalistas.

Ele comentou ainda que a Argentina está tendo problemas porque fez uma "reforma meia boca". "E os problemas se avolumam", afirmou. "E é uma preocupação de parte nossa, porque nós não queremos uma outra Venezuela aqui na América do Sul. Então, a gente espera, tem confiança, tem certeza de que o espírito patriota se faça presente junto aos deputados e senadores, como é natural do meio deles, e a reforma seja a melhor possível, porque essa é a reforma mãe, no nosso entendimento", completou o presidente.

Comissão especial

Foi instalada nesta quinta-feira a comissão especial que vai analisar a Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência (PEC 6/19). Mais cedo, após acordo de líderes, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou o deputado Marcelo Ramos (PR-AM) para presidir a comissão especial. A relatoria caberá ao deputado Samuel Moreira (PSDB-SP). O colegiado precisa oficializar o nome do presidente e do vice-presidente e será composto por 49 membros e 49 suplentes.


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