"Não queremos outra Venezuela", diz Bolsonaro sobre eleição na Argentina

"Não queremos outra Venezuela", diz Bolsonaro sobre eleição na Argentina

Presidente participou de cerimônia de imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco, no Itamaraty

AE

Sobre a Venezuela, presidente afirmou que a única forma de Nicolás Maduro cair é enfraquecer o Exército daquele país

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O presidente Jair Bolsonaro está preocupado com as eleições presidenciais na Argentina. Questionado sobre uma eventual eleição de Cristina Kirchner, comparou a vitória da ex-presidente à crise na Venezuela.  "Aproveito esse momento ímpar de ser ouvido pela querida, estimada e necessária imprensa para dizer que, além da Venezuela, a preocupação de todos nós deve voltar um pouco mais ao sul do continente, para a Argentina e por quem pode voltar a comandar aquele país. Não queremos, acho que o mundo todo não quer outra Venezuela mais ao sul do nosso continente", disse. Pesquisas mostram que ela ganharia do atual presidente, Mauricio Macri, se o pleito fosse hoje.

Ontem, Bolsonaro falou sobre o assunto em transmissão ao vivo no Facebook. "Ninguém aqui vai se envolver com questões de fora do nosso país. Mas, como cidadão, tenho a preocupação de que volte o governo anterior ao do Mauricio Macri", disse o presidente. Bolsonaro participou da cerimônia de imposição de insígnias da Ordem de Rio Branco, no Itamaraty.

Crise na Venezuela

O presidente da República afirmou que a única forma de o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, cair, é enfraquecer o Exército daquele país. "Não tem outra maneira. Se você não enfraquecer o Exército da Venezuela, o Maduro não cai", declarou o presidente a jornalistas. Ele voltou a defender uma solução "de forma pacífica" para o país vizinho. "Se não tiver como, com um hipotético conflito, aí cada país decide se vai para as últimas consequências ou não", declarou.

No evento, destinado à formatura de diplomatas, Bolsonaro afirmou que, quando a diplomacia falha, as Forças Armadas entram em campo. Ele negou que estivesse falando da Venezuela. "Quando acaba a saliva, entra a pólvora. Não queremos isso", declarou à imprensa. Bolsonaro disse que o País não enviou nenhum emissário à Venezuela para tratar da crise e que não tem nada para conversar com Nicolás Maduro. 

Importância do Itamaraty

Ele destacou que o Itamaraty será "essencial" para o sucesso do projeto de seu governo. Ao se dirigir aos formandos, afirmou que eles não podem permitir que o Brasil "seja definido lá fora com base em interesses alheios" e devem "dar voz ao nosso povo e defender nossos valores". "Trabalhem por um Brasil aberto aos grandes fluxos econômicos, Brasil capaz de se conectar ao grandes centro tecnológicos, de atrair investimentos, se de abrir ao mercado, defender democracia."


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