Não vai ganhar na canetada, diz Bolsonaro sobre Barroso

Não vai ganhar na canetada, diz Bolsonaro sobre Barroso

Bolsonaro e o presidente do TSE têm trocado críticas na esteira da discussão sobre mudança nas urnas com o voto impresso

R7

Bolsonaro e o presidente do TSE têm trocado críticas na esteira da discussão sobre mudança nas urnas com o voto impresso

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O presidente Jair Bolsonaro retomou as críticas, nesta quarta-feira, ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, com quem vem trocando farpas em torno do sistema de voto eletrônico para as eleições de 2022. Bolsonaro também voltou a defender mudanças no sistema eleitoral, com o voto impresso no Brasil.

"O senhor Barroso, obviamente, a questão dele é pessoal comigo e ele não vai ganhar na canetada. Não estamos brigando para dizer quem é mais homem ou quem não é mais homem. É para termos a certeza de quem o povo votou, o voto vai exatamente para aquela pessoa”, afirmou durante entrevista à Rádio 96 FM, do Rio Grande do Norte.

Bolsonaro também acusou Barroso de tumultuar a discussão sobre o voto impresso. “Quem está ocasionando esse tumulto todo é o ministro Barroso do TSE. Ninguém consegue entender porque ele não quer o voto impresso ao lado da urna eletrônica”, acrescentou.

Nesta quarta, sem mencionar Bolsonaro, Barroso voltou a defender as urnas eletrônicas e a criticar a retórica de ataque a elas como forma de deslegitimar o processo eleitoral. Ao traçar um panorama das democracias no mundo, o ministro apontou o discurso de recusa na aceitação de derrotas como uma das características de regimes autoritários contemporâneos.

“Uma das vertentes do autoritarismo contemporâneo é a ideia de que ‘se eu perder, houve fraude’. É a inaceitação do outro, de que alguém diferente de mim possa ganhar as eleições”, disse o presidente do TSE num seminário do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro, sobre reforma política e eleitoral.

O TSE apresentou um pedido ao Supremo Tribunal Federal para que Bolsonaro seja investigado no âmbito do chamado inquérito das fake news, que apura a disseminação de supostas notícias falsas. O presidente, por sua vez, afirmou que não vai se intimidar e continuará defendendo o voto verificável nas eleições de 2022.


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