Nelson Teich pede exoneração do Ministério da Saúde após menos de um mês

Nelson Teich pede exoneração do Ministério da Saúde após menos de um mês

General Eduardo Pazuello foi convidado para assumir o cargo

Correio do Povo

Nelson Teich deixou o cargo de ministro da Saúde

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O ministro da Saúde, Nelson Teich, pediu exoneração da pasta nesta sexta-feira (15), menos de um mês após ter assumido o cargo, em 17 de abril, depois da demissão de Luiz Henrique Mandetta. Segundo nota do Ministério da Saúde, uma coletiva de imprensa foi marcada para a tarde de hoje para tratar do assunto. 

Teich chegou ao posto a partir de um desejo do presidente Jair Bolsonaro em modificar a ideia de isolamento social propagada pelo antecessor, Luiz Henrique Mandetta. O que se esperava era uma mudança drástica do discurso vindo da pasta. No entanto, não foi isso que aconteceu. Teich, inclusive, não defendeu o uso irrestrito da cloroquina, remédio citado por Bolsonaro como uma possível solução para evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Nesta sexta, o presidente disse que irá alterar o protocolo para aplicação do medicamento em casos de Covid-19. 

Um episódio que marcou o descompasso entre o presidente e o ministro foi quando Jair Bolsonaro decidiu publicar um decreto liberando academias e salões de beleza, tratando as atividades como essenciais. A medida ocorreu no final da tarde dessa terça-feira, justamente durante a coletiva de Teich sobre a pandemia. O ministro foi pego de surpresa pela decisão quando questionado por um jornalista e negou que tenha participado da elaboração do decreto. 

Exigência da cloroquina 

Ainda nessa quinta-feira, o próprio Bolsonaro, ao falar da exigência do uso de cloroquina, negou que Teich seria demitido. "Estou exigindo a questão da cloroquina agora também. Se o Conselho Federal de Medicina decidiu que pode usar cloroquina desde os primeiros sintomas, por que o governo federal via ministro da Saúde vai dizer que é só em caso grave? Eu sou comandante, presidente da República, para decidir, para chegar para qualquer ministro e falar o que está acontecendo. E a regra é essa, o norte é esse", disse Bolsonaro.

"Tá tudo bem com o ministro da Saúde. Tá tudo sem problema nenhum com ele. Acredito no trabalho dele. Mas essa questão, vamos resolver. Não pode um protocolo de 31 de março, quando estava o ministro da Saúde anterior (Luiz Henrique Mandetta) dizendo que era só em caso grave... a gente não pode mudar protocolo agora? Pode mudar e vai mudar", afirmou ao negar qualquer processo de "fritura" de Teich. A saída do ministro, no entanto, acabou se confirmando nesta sexta. 

Pazuello ou Terra 

De acordo com fontes, o secretário executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, foi convidado para substituir Teich. Ele assumirá a Pasta interinamente. O ex-ministro da Cidadania, Osmar Terra também é cotado, mas depende da resposta de Pazuello ao convite. 


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