No Twitter, oposição critica possível nomeação de Eduardo à embaixada nos EUA
Assunto é um dos mais comentados na rede social hoje
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A possível nomeação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, foi um dos assuntos mais comentados nas redes sociais nesta sexta-feira. Por volta de 11h, era um dos oito assuntos mais abordados do Twitter. Mais cedo, outro termo usado pelos usuários para designar a situação foi "embaixaria brasileira". Parlamentares da oposição aproveitaram para se posicionar sobre a situação.
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O senador Fabiano Contarato (Rede-ES) afirmou que vai acionar a Justiça caso a nomeação se confirme. "O deputado já deu sinal de que aceitaria, mas isso é nepotismo", escreveu. "O Art. 37 da nossa Constituição determina a observância aos princípios norteadores da Administração Pública, quais sejam: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, sendo, inclusive, autoaplicáveis".
Caso o Presidente indique o seu filho @BolsonaroSP para assumir a embaixada do Brasil nos EUA, acionarei a Justiça contra o ato. O deputado já deu sinal de que aceitaria, mas isso é nepotismo (favorecimento de parente).https://t.co/mOJ3hCmELh
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) 12 de julho de 2019
Do mesmo partido, o senador Randolfe Rodrigues (AP), líder da oposição no Senado, disse que o grupo moverá as ações judiciais cabíveis e lutará contra a aprovação da indicação no plenário do Senado. "É um absurdo que isso seja ao menos cogitado! Bolsonaro quer fazer do governo o quintal da sua casa, uma extensão familiar. O presidente que ontem defendeu o trabalho infantil como 'meritocracia' hoje indica o próprio filho para assumir uma embaixada", escreveu.
É um absurdo que isso seja ao menos cogitado! Bolsonaro quer fazer do governo o quintal da sua casa, uma extensão familiar. O presidente que ontem defendeu o trabalho infantil como "meritocracia" hoje indica o próprio filho p/ assumir uma embaixada.https://t.co/LxrO5bVMOX
— Randolfe Rodrigues (@randolfeap) 11 de julho de 2019
Na quinta-feira, o presidente Jair Bolsonaro justificou a nomeação dizendo que Eduardo "fala inglês, fala espanhol, há muito tempo roda o mundo todo e goza da amizade dos filhos do presidente Donald Trump. No meu entender poderia ser uma pessoa adequada e daria conta do recado perfeitamente".
O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos principais representantes da oposição no Senado, questionou a nomeação. "Não estudou no Instituto Rio Branco, que prepara o corpo diplomático brasileiro, não cursou universidades de prestígio na área de Relações Internacionais, nunca serviu no exterior e tem experiência quase zero na área. Mas papai deu presente", escreveu.
Eduardo Bolsonaro não estudou no Instituto Rio Branco, que prepara o corpo diplomático brasileiro, não cursou universidades de prestígio na área de Relações Internacionais, nunca serviu no exterior e tem experiência quase 0 na área. Mas papai deu presente.https://t.co/urCTskEVS3
— Humberto Costa (@senadorhumberto) 12 de julho de 2019
A presidente de seu partido, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), usou uma mensagem publicada em uma rede social do ministro Sergio Moro dizendo que "Poder público não é negócio de família" para se posicionar sobre a eventual nomeação.
Sobre a nomeação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil em Washington, com a palavra Sérgio Moro: pic.twitter.com/WTsSoh0AKJ
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 12 de julho de 2019
Já aliados do governo como a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) elogiaram a intenção do presidente de nomear o seu filho. "Ganha o Brasil, ganha (sic) os EUA, ganha o planeta, com mais oportunidade de sanar os problemas de toda a Terra".
Sim, o @BolsonaroSP foi cogitado pelo Presidente @jairbolsonaro para ser o Embaixador do Brasil nos Estados Unidos.
— Carla Zambelli (@CarlaZambelli17) 12 de julho de 2019
Se aceito pelo Eduardo, ganha o Brasil, ganha os EUA de @realDonaldTrump, ganha o Planeta, com mais oportunidade de sanar os problemas de toda a Terra.