"Nunca recebi influência de pastor", diz presidente do FNDE

"Nunca recebi influência de pastor", diz presidente do FNDE

Denúncias realizadas em março apontaram que dois pastores atuaram no MEC para liberar verba a municípios mediante propina

R7

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Em audiência pública na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, o presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Marcelo Lopes, negou ter recebido qualquer influência de pastores durante o período em que ocupa o cargo. Em março, denúncias apontaram para atuação dos pastores Gilmar Santos e Arilton Moura, no Ministério da Educação (MEC), para liberar recursos da Educação a municípios mediante propina.

"Nunca recebi influência de pastor ou de qualquer pessoa. Nosso trabalho é técnico. Esses atendimentos em que houve presença dos pastores... Quero esclarecer que eles nunca viajaram conosco nos aviões da FAB (Força Aérea Brasileira) ou mesmo nas comitivas dos aviões comerciais, e que nunca arcamos com qualquer despesa relacionada a eles", afirmou Lopes.

Em depoimento na Comissão de Educação do Senado, em abril, o presidente do FNDE afirmou que chegou a ter quatro agendas com os pastores. Os dois foram acusados por prefeitos de terem atuado para liberar recursos do FNDE às cidades mediante pedidos de propina que teriam sido feitos por Arilton. Em alguns casos, a solicitação ocorreu na presença de Gilmar.

Entre os pedidos, prefeitos relataram solicitações em dinheiro, em compra de Bíblias e em ouro. O escândalo fomentou a saída do ex-ministro Milton Ribeiro, que já chegou a chamar os pastores de amigos, como revelado pelo R7.

A deputados, Marcelo Lopes afirmou que o FNDE e o MEC nunca pagaram passagens aos pastores, para se deslocarem a agendas nos municípios. "Nenhuma prefeitura envolvida no caso recebeu dinheiro do FNDE, o que mostra que não houve prejuízo aos cofres públicos. Quero ressaltar que depois das denúncias não tive mais nenhum contato com os pastores citados", garantiu.


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