Onyx intensifica reuniões políticas às vésperas da posse
Esforço busca consolidar bloco suprapartidário para aprovação de reformas
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Paralelamente, os parlamentares que disputam cargos de comando na Câmara e no Senado visitam o gabinete de transição. A disputa para a presidência da Câmara será definida no dia 1º de fevereiro, por voto aberto. Na corrida pela cadeira estão, entre outros, o atual presidente, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e João Campos (PRB-GO), ambos aliados de Bolsonaro.
No começo do mês, o presidente do Democratas, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), ao se reunir com Onyx, pediu apoio do futuro governo à candidatura de Rodrigo Maia. Porém, o ministro informou que a gestão Bolsonaro não pretende participar da corrida pelo comando da Câmara.
Definição
O líder do partido de Bolsonaro na Câmara, Delegado Waldir (PSL-GO), reiterou a pauta da articulação política e disse que ainda não há um candidato do governo na disputa pela presidência da Casa. Segundo ele, o PSL não indicará um nome, mas votará conjuntamente no parlamentar que tiver o melhor alinhamento com o Planalto.
“Vamos escolher um candidato que defenda a pauta do governo. Se o PSL votar desunido, é falho. Queremos o PSL uno. Como governo, temos que mostrar nossa força e lealdade ao presidente que elegemos”, disse. O partido, que tem 53 votos na Casa, vai esperar o avanço da disputa para analisar os nomes que estarão mais fortalecidos próximo a fevereiro.
Base
João Campos esteve nesta sexta-feira, acompanhado pelo presidente do seu partido, Marcos Pereira, com o ministro da Transição, Onyx Lorenzoni. Porém, não mencionaram se houve algum tipo de sinalização em favor da candidatura do PRB. Segundo ele, o foco está em construir uma base sólida de sustentação no Congresso.
“Onyx nos comunicou que está buscando um bloco que garanta governabilidade, já que o governo terá muitas matérias importantes a serem encaminhadas para o Congresso que precisa de base de sustentação. Não estabeleceu nenhuma condição (sobre apoio à eleição para a presidência). Pode ser até consequência (um possível alinhamento do candidato com o futuro governo), mas não foi uma condição”, afirmou.