Onyx Lorenzoni espera sinal verde do Planalto para concorrer ao Piratini em 2022

Onyx Lorenzoni espera sinal verde do Planalto para concorrer ao Piratini em 2022

Em função de demandas da pasta, o ministro do Trabalho deve começar a pensar na sua candidatura apenas em dezembro

Angélica Silveira

Onyx Lorenzoni esteve em Pelotas nesta sexta-feira e palestrou para empresários

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Em evento com empresários, em Pelotas nesta sexta-feira, o ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni (Dem), afirmou ter compromisso com o governo Jair Bolsonaro até dezembro, em função da demanda da sua pasta. Após, pretende “conversar” sobre o Rio Grande do Sul. Ele é considerado pré-candidato do Dem na disputa pelo Palácio Piratini e admitiu que sempre teve vontade de disputar o cargo, mas que não é algo que possa fazer sozinho.

“Sempre tive no meu coração o desejo e a vontade de disputar o governo do Estado, agora não é vontade de uma única pessoa, isto precisa de uma série de questões que nós vamos tratar a partir de dezembro, aí sim com condições de quem sabe poder anunciar a candidatura, mas agora estou 100% focado no governo". Ele completou: “estamos retomando a economia, então até dezembro o ministro Onyx estará focado 100% em gerar emprego, reduzir a fila do INSS, atender aquelas pessoas que precisam e ajudar o Brasil a crescer. Em dezembro conversamos sobre o meu amado Rio Grande”. 

Em relação ao senador Luis Carlos Heinze (PP), que também é pré-candidato, o ministro disse que tem todo o direito de disputar. “No final do ano, se o presidente me der o sinal verde, eu também vou ter o mesmo direito que ele e os gaúchos vão escolher”, ponderou. Sobre o atual momento nacional, ele acredita que a tendência é que o relacionamento entre Executivo e Judiciário melhore, adquirindo o mesmo equilíbrio que acontece com o Legislativo e o governo. “O presidente sempre atua dentro das quatro linhas, então, eu acredito que a gente vai caminhar para o mesmo equilíbrio que temos com o Legislativo”, afirmou. 

Onyx recebeu demandas de empresários da região 

Durante o encontro, o ministro esclareceu que a visita a Pelotas foi convite da Aliança Pelotas, com a participação da Aliança Rio Grande, e o objetivo foi de ouvir as demandas dos empresários. “Eles entregaram documentos para que eu possa encaminhar dentro do governo assuntos de interesse da região”, disse. Segundo Lorenzoni, na reunião a portas fechadas com os empresários foi  feita uma apresentação da situação brasileira, de problemas enfrentados pelo governo e os programas que realiza. “Discutimos também demandas regionais que estou recebendo, a conclusão que caminha célere da BR 116. Desde que o presidente assumiu ele decidiu que ia concluir”, enfatiza.

Ao comentar sobre as realizações em frente ao ministério do Trabalho, Lorenzoni enfatizou que, apesar da pandemia, o governo criou 2,6 milhões novos empregos. Ele explicou sobre os projetos aprovados na Câmara e que estão no Senado visando o estímulo à criação de um primeiro emprego para jovens e também para os maiores de 55 anos. “Criamos também um programa que tem um bônus de incentivo a qualificação, é para empregar aquelas pessoas que entre 18 e 29 anos nem estudam e nem trabalham, mas também vai aceitar as pessoas com mais de 50 anos. A pessoa trabalha um turno, há um bônus que a empresa vai receber do sistema S, ela vai fazer a sua qualificação no Senai, no Sesc, no Senar. O programa é de um ano renovável por mais um. Se a pessoa ficar dois anos no programa ela tem no mínimo quatro qualificações”, exemplificou. 

Apontou ainda o próximo programa a ser lançado, que trata sobre o serviço social voluntário. O projeto, contou o ministro, vai permitir que as prefeituras de todo o país possam contratar pessoas por um turno, com elas fazendo qualificação e podendo servir ao seu município. O governo projeta a criação de algo entre 1,5 milhão a 2 milhões de novas oportunidades até maio do ano que vem.  Sobre os programas criados pelo governo e barrados pelo Ministério Público do Trabalho Lorenzoni argumenta que o argumento apresentado é equivocado e não há inconstitucionalidade nas iniciativas. “Estes programas estão sendo criados para que possamos absorver as 40 milhões de pessoas que recebem o auxílio emergencial que acaba em novembro. Deixaremos as pessoas desempregadas porque o MPT acha algo”, questiona. Para o ministro, o Auxílio Brasil abre oportunidades para a pessoa prosperar, ganhar a sua liberdade. “Nós lutamos por um país que possa encontrar a liberdade, o avanço e a prosperidade das pessoas quando nós criamos um programa como o Auxilio Brasil”, destaca.

Onyx disse ainda estar tranquilo em relação à CPI Covid, que nesta semana suspendeu sua acareação com o deputado federal Luis Miranda (Dem-DF). “Ele que tem a versão dele que é mentiroso. Eu sempre tenho a verdade. Tenho sete mandatos como deputado federal pelo RS e as pessoas sabem que eu nunca fiquei em cima do muro e eu sempre falei a verdade. Acho que é uma honra absoluta qualquer ministro de Estado ir ao Parlamento, seja para uma CPI, seja para uma comissão. Tenho total tranquilidade, se a CPI quiser me convocar estou à disposição.


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