Oposição critica Bolsonaro por deixar reforma agrária com Agricultura
Decisão foi tomada por medida provisória após a posse do presidente Jair Bolsonaro
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• Ministra da Agricultura nega redução em demarcação de terras indígenas
A ex-candidata à Presidência Marina Silva (Rede) afirmou que, com a decisão, Bolsonaro começou o governo "da pior forma possível" e que o novo presidente coloca o País sob atraso. "O governo Bolsonaro oferece ao algoz a oportunidade de ser ainda mais violento contra aqueles que tem sido, ao longo da história, suas maiores vítimas", escreveu Marina em sua conta no Twitter.
Ao transferir a prerrogativa de demarcar terras indígenas e quilombolas para o Ministério da Agricultura, o governo Bolsonaro oferece ao algoz a oportunidade de ser ainda mais violento contra aqueles que tem sido, ao longo da história, suas maiores vítimas.
— Marina Silva (@MarinaSilva) 2 de janeiro de 2019
Fernando Haddad (PT), candidato ao Planalto derrotado por Bolsonaro no segundo turno da eleição, reagiu à determinação declarando "torcer para dar certo", em mensagem publicada na mesma rede social. Críticas vieram também de parlamentares. "É como deixar as raposas 'cuidando' do galinheiro", comentou o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), em referência à demarcação de terras.
Ministério do Agronegócio cuidará de reforma agrária e da demarcação de terras indígenas e quilombolas. Vamos torcer para dar certo.
— Fernando Haddad (@Haddad_Fernando) 2 de janeiro de 2019
"Primeiras ações de Bolsonaro prejudicam os trabalhadores, os indígenas, os quilombolas, o meio ambiente e acaba com a reforma agrária", declarou o deputado Paulo Teixeira (PT-SP).
Primeiras ações de Bolsonaro prejudicam os trabalhadores, os indigenas, os quilombolas, o meio ambiente e acaba com a reforma agraria.
— Paulo Teixeira (@pauloteixeira13) 2 de janeiro de 2019
A decisão foi tomada por medida provisória após a posse de Bolsonaro. Antes da publicação da MP, a demarcação das terras indígenas cabia à Fundação Nacional do Índio (Funai). Já o trabalho de reforma agrária e as demarcações das áreas dos antigos quilombos eram realizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).