Oposição vai ao Twitter para criticar a reforma da Previdência
Bolsonaro foi pessoalmente até o Congresso apresentar proposta do texto nesta quarta-feira
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No dia em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, foi pessoalmente até o Congresso Nacional para apresentar o projeto de reforma da Previdência, uma campanha empreendida por parlamentares e líderes da oposição fez com que a hashtag #ReajaOuSuaPrevidênciaAcaba se tornasse o assunto mais comentado do Twitter no Brasil.
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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) disse que a "reforma da Previdência apresentada é uma afronta" e que ela "impõe pesadas perdas aos mais pobres". Relembrando o projeto de reforma do ex-presidente Michel Temer (MDB), que sucedeu Dilma no Planalto após o impeachment da petista, a ex-presidente escreveu que "a PEC da reforma da Previdência de Bolsonaro é pior que a de Temer".
A reforma da previdência apresentada é 1 afronta. E impõe pesadas perdas aos mais pobres. Os + prejudicados são os que ganham menos, os que têm expectativa de vida + baixa, entram no mercado + cedo e em profissões que exigem + esforço físico#ReajaOuSuaPrevidenciaAcaba pic.twitter.com/EuPTQEvAmU
— Dilma Rousseff (@dilmabr) 20 de fevereiro de 2019
Em sintonia com Dilma, o deputado Paulo Pimenta (PT-RS) publicou que o projeto apresentado por Bolsonaro é na verdade uma proposta de "destruição da previdência pública".
Proposta de Bolsonaro é de DESTRUIÇÃO da previdência pública para aumentar os lucros dos fundos de pensão privados.
— Paulo Pimenta (@DeputadoFederal) February 20, 2019
Só não enxerga isso quem não quer!#ReajaOuSuaPrevidênciaAcaba pic.twitter.com/kWNZY6OUlI
"A situação de quem entrar no mercado de trabalho no futuro pode ser pior ainda se o governo implantar o sistema de capitalização previdenciária. A medida só agrada o mercado financeiro", tuitou a deputada gaúcha e presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Em uma série de tuítes, Gleisi atacou o projeto e disse que a reforma prejudica os mais pobres, que o período de transição de 12 anos é demasiado curto e que classificou como mentiroso o discurso de que a reforma é necessária.
A situação de quem entrar no mercado de trabalho no futuro pode ser pior ainda se o governo implantar o sistema de capitalização previdenciária. A medida só agrada o mercado financeiro. #ReajaOuSuaPrevidênciaAcaba https://t.co/pNsuLZtc8O
— Gleisi Lula Hoffmann (@gleisi) 20 de fevereiro de 2019
Estreante no Congresso, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) atrelou a reforma trabalhista, que, segundo ela "tornou muito difícil encontrar empregos com carteira assinada", à reforma da Previdência. "Quem terá condições de contribuir 40 anos para o INSS?", escreveu.
Diante da reforma trabalhista que tornou muito difícil encontrar empregos com carteira assinada, quem terá condições de contribuir 40 anos para o INSS? Aposentadoria é um direito, não um presente do governo. #ReajaOuSuaPrevidênciaAcabahttps://t.co/zi4yHDR4uD
— Sâmia Bomfim (@samiabomfim) February 20, 2019
Seu correligionário, o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) tratou de adjetivar duramente a proposta da reforma previdenciária: "Vergonhosa, indecente e maléfica aos trabalhadores brasileiros."
A máscara do Bolsonarismo continua a cair
— Ivan Valente (@IvanValente) February 20, 2019
A nova proposta de desmonte da previdência aumenta o tempo de trabalho para se aposentar, prejudica ainda mais as mulheres, reduz os valores e deixa de fora os militares.
Vergonhosa, indecente e maléfica aos trabalhadores brasileiros.
Juntas, as bancadas do PT e do PSOL somam 65 deputados. Para aprovar a reforma, o governo precisa de pelo menos 308 dos votos dos 513 deputados, em duas votações na Câmara.