"Pânico desnecessário", diz Mourão sobre manifesto pela democracia

"Pânico desnecessário", diz Mourão sobre manifesto pela democracia

Documento já reúne mais de 600 mil assinaturas e deve ser lido em evento no dia 11 de agosto em São Paulo

R7

publicidade

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão (Republicanos-RS), afirmou na manhã desta segunda-feira que há um “pânico desnecessário” em relação ao manifesto em defesa da democracia organizado pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP). A carta já reúne mais de 600 mil assinaturas.

“Acho que há um certo pânico que não é justificável na sociedade brasileira com essa questão de ataques à democracia. Se critica muito a pessoa do presidente, mas o presidente em nenhum momento buscou fazer alguma mudança que levasse, vamos dizer assim, a um desabamento do nosso sistema”, defendeu.

Sem mencionar o nome de Bolsonaro, o documento diz que recentes “ataques infundados e desacompanhados de provas questionam o Estado Democrático de Direito e a lisura do processo eleitoral". O texto deve ser lido em evento no dia 11 de agosto em São Paulo.

“Ele tentar aumentar o número de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ele mudar a aposentadoria para 70 anos (para ministros do STF), tentar fechar o Congresso. Em nenhum momento ele tocou nisso aí. É uma retórica das ações que não foram nesse sentido”, destacou.

Inqúerito das fake news

O vice-presidente também fez críticas ao inquérito das fake news, que investiga Bolsonaro em razão das alegações sobre fraudes nas urnas eletrônicas. Segundo Mourão, o ministro do STF Alexandre de Moraes deve se comportar “de acordo com as regras”.

“Ele é o juiz e não tem VAR (do inglês Video Assistant Referee - videoárbitro assistente de futebol, que analisa as decisões tomadas pelo árbitro por meio de imagens de vídeo). Tem que ser bem circunspecto e bem atento a todas as coisas que tem que fazer. Eu critico é a questão desse inquérito que eu julgo totalmente errado, a pessoa ser responsável pelo inquérito denunciar, julgar, enquanto ele também é um dos ofendidos no inquérito. Eu acho meio complicado isso daí, acho que é poder demais e o poder demais corrompe”, criticou o vice-presidente da República.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895