Pacheco conversa com Braga Netto e diz que mal-estar está encerrado

Pacheco conversa com Braga Netto e diz que mal-estar está encerrado

Ministério da Defesa criticou comentário do presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), sobre militares integrantes do governo

R7

Presidente do Senado Rodrigo Pacheco conversou com o ministro da Defesa, Braga Netto, e deu por encerrado a cobrança das Forças Armadas sobre o presidente da CPI senador Omar Aziz

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O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), conversou nesta quinta-feira com o ministro Braga Netto (Defesa) e afirmou que o mal-estar entre as Forças Armadas e o senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, “já foi suficientemente esclarecido e o assunto está encerrado”.

Pacheco ressaltou, contudo, a importância do diálogo e do respeito mútuo entre as instituições. “Deixei claro o nosso reconhecimento aos valores das Forças Armadas, inclusive éticos e morais, e afirmei, também, que a independência e as prerrogativas de parlamentares são os principais valores do Legislativo”, disse.

Durante sessão desta quarta-feira, o presidente da CPI da Covid criticou militares que são integrantes do governo de Jair Bolsonaro (sem partido), como o ex-ministro Eduardo Pazuello e o ex-secretário executivo Elcio Franco.

“Olha, eu vou dizer uma coisa: as Forças Armadas, os bons das Forças Armadas devem estar muito envergonhados com algumas pessoas que hoje estão na mídia, porque fazia muito tempo, fazia muitos anos que o Brasil não via membros do lado podre das Forças Armadas envolvidos com falcatrua dentro do governo”, afirmou Aziz.

Ele citou os presidentes da ditadura militar, João Figueiredo e Ernesto Geisel, como exemplo da integridade dos militares, dizendo que ambos morreram pobres. “E eu estava, naquele momento, do outro lado, contra eles. Uma coisa de que a gente não os acusava era de corrupção, mas, agora, Força Aérea Brasileira, coronel Guerra, coronel Elcio, general Pazuello e haja envolvimento de militares”, acrescentou.

O comentário do presidente da CPI provocou uma nota pública divulgada pelo Ministério da Defesa. “As Forças Armadas não aceitarão qualquer ataque leviano às instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”, disse.

O documento é assinado por Braga Netto, e os comandantes do Exército (general Paulo Sérgio), Marinha (tenente-brigadeiro Carlos Almeida Baptista Júnior) e Aeronáutica (almirante Almir Garnier Santos). Aziz rebateu a nota pública e disse que estão tentando distorcer seu comentário e intimidá-lo. “Não aceitarei. Não ataque os militares brasileiros. Eu disse que a parte boa do Exército deve estar envergonhada com a pequena banda podre que mancha a história das Forças Armadas”, escreveu.

Aziz teve apoio de diversos parlamentares, a exemplo do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM). “Não houve nenhuma crítica do senador as Forças Armadas. A crítica foi a militares afastados de suas funções e hoje a serviço do governo, alguns deles suspeitos de corrupção na compra de vacinas. A nota é desproporcional e configura tentativa de constranger o Parlamento”, afirmou.


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