Pacheco rejeita pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

Pacheco rejeita pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes

Solicitação foi enviada pelo presidente Jair Bolsonaro, mas foi arquivada pelo presidente do Senado


R7

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), arquivou o pedido de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, protocolado pelo presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido). “Determinei a rejeição da denúncia por falta de justa causa e tipicidade”, disse Pacheco. A decisão teve como base parecer da advocacia da Casa. 

O pedido de impeachment foi encaminhado ao Senado, na última sexta-feira, pelo presidente sob a justificativa de que Moraes extrapolou as atribuições como ministro em decisões como a da prisão do ex-deputado federal e presidente do PTB, Roberto Jefferson.

“Quero crer que essa decisão possa constituir o marco de reestabelecimento da relação entre os Poderes”, afirmou o presidente do Senado, ao pedir que a harmonia e o diálogo entre as instituições sejam retomados. "Nenhum dos fatos da denúncia teve adequação legal na lei 1.079. Carece para o pedido a chamada justa causa. A recomendação da Advocacia-Geral do Senado foi pela rejeição dessa denúncia. Essa recomendação é por mim acolhida, que concordo com o aspecto técnico e jurídico", detalhou o presidente do Senado.

No domingo, dez partidos de centro e de esquerda tinham se manifestado contra o impeachment de Moraes. Em duas notas separadas, os presidentes nacionais de DEM, MDB e PSDB, de um lado, e PT, PDT, PSB, Cidadania, PV, Rede Sustentabilidade e PCdoB, de outro, saíram em defesa do ministro e cobraram respeito à independência dos poderes.

Também durante o fim de semana, ex-ministros da Justiça enviaram a Pacheco um manifesto pedindo que ele rejeitasse o pedido apresentado por Bolsonaro. Para os ex-ministros dos governos de Fernando Henrique Cardoso, Lula, Dilma Roussef e Michel Temer, a ação é inepta e não há sinal de crime de responsabilidade que justifique uma eventual destituição de Moraes.


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