Palestinos querem esclarecimentos de embaixador sobre escritório em Jerusalém

Palestinos querem esclarecimentos de embaixador sobre escritório em Jerusalém

Representação foi anunciada nesse domingo pelo presidente Jair Bolsonaro

AE

Decisão de Bolsonaro indica descarte de mudança da embaixada para Tel-Aviv

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A chancelaria palestina afirmou neste domingo, que consultará seu embaixador no Brasil, Ibrahim Mohamed Khalil Alzeben, após o presidente Jair Bolsonaro anunciar, ao lado do premiê israelense, Benjamin Netanyahu, a abertura de um escritório de negócios em Jerusalém.

"(A abertura da representação) é uma violação flagrante ao povo palestino e seus direitos, bem como uma aprovação à pressão americana e israelense", afirmou o chanceler Riad Malki, segundo a agência palestina de notícias Wafa. Malki disse que a medida tem como objetivo "perpetuar a ocupação, as atividades de assentamentos e a anexação da parte ocupada de Jerusalém", além de "impor à força" a lei israelense na região.

O ministro também reafirmou que os palestinos consideram Jerusalém como parte do território palestino ocupado por Israel na Guerra dos Seis Dias, em 1967, e que essas ações "não darão à ocupação (Israel) direitos sobre Jerusalém Oriental e seus arredores". Bolsonaro anunciou neste domingo a abertura de uma representação do país em Jerusalém.

A decisão, segundo o governo brasileiro, significa que a mudança da embaixada de Tel-Aviv foi temporariamente descartada, mas ainda é analisada. O escritório brasileiro de negócios, no entanto, não terá status de Embaixada, esclareceu o porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros. "Vai tratar das questões de comércio, ciência e tecnologia como foi apresentado a vocês pela declaração", continuou.


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