Para Bolsonaro, Justiça não deve validar mensagens obtidas ilegalmente
Presidente citou diálogos divulgados pelo site The Intercept
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O presidente Jair Bolsonaro disse nesta sexta-feira que as mensagens e gravações que vêm sendo divulgadas pelo The Intercept Brasil em parceria com outros veículos de imprensa, trocadas entre autoridades do Ministério Público e do Judiciário por meio do aplicativo Telegram, não devem ter validade. Para o Chefe de Estado, os diálogos foram obtidos de forma ilegal e, por isso, não podem ser incluídos em processos pela Justiça.
“O que é criminoso é criminoso. Respeita a lei. Igual a quebra de sigilo. Se seguiu a lei, tudo bem. Não seguiu, está errado”, disse Bolsonaro nesta manhã ao deixar o Palácio do Alvorada.
A afirmação foi feita dois dias após conteúdos das matérias terem sido lidos pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, durante seu voto sobre a ordem das alegações finais, no julgamento do habeas corpus do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira. O ex-gerente da estatal foi condenado, na Lava Jato, a dez anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Terras Indígenas
Perguntado sobre quando o governo apresentará o projeto que libera atividades econômicas em terras indígenas, Bolsonaro disse que a questão está sendo discutida no âmbito do Ministério de Minas e Energia, mas que deverá ser finalizada “em mais alguns dias”. Disse também que a indicação de seu filho Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira nos Estados Unidas ainda faz parte de seus planos, e que ela será feita "na hora certa".