Para evitar derrota, Leite muda piso do Magistério

Para evitar derrota, Leite muda piso do Magistério

Proposta prevê reajuste mínimo de 5,5% aos professores. Impacto total do projeto agora passa a R$ 730 milhões anualmente

Mauren Xavier e Giullia Piaia

Leite apresentou aos deputados alteração à proposta de reajuste

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Diante da iminência da rejeição do projeto no plenário da Assembleia Legislativa, o governador Eduardo Leite (PSDB) apresentou, na tarde desta quinta-feira, aos deputados estaduais da base e da oposição as mudanças ao projeto de reajuste do piso do Magistério. Com o ajuste, todos os professores, ativos e inativos, receberão reajuste salarial. Isso porque a principal crítica ao texto era que um grupo de aposentados  não teriam nenhuma melhora. Agora, eles receberão 5,5% de reajuste. 

O novo projeto de lei garante o reajuste de 32% na tabela inteira do subsídio, com uma nova fórmula que fará com que todos os ativos e inativos tenham aumento, variando de 5,5% a 32%. A iniciativa implica em despesas anuais de R$ 730,6 milhões, quase 1,5% da folha de pagamento a mais por ano ao magistério. “Estamos fazendo um grande esforço para dar esse reajuste, que é importante. E precisamos ter responsabilidade do ponto de vista fiscal. Estamos indo ao limite das possibilidades para fazer essa mudança”, enfatizou Leite após a reunião. A expectativa é de que entre em votação na próxima semana, às vésperas do início do recesso parlamentar. 

A mudança buscou reduzir as resistências de deputados, especialmente de aliados, que apontaram a necessidade de mudanças. O movimento foi, inclusive, liderado pela bancada do PP, uma das maiores da base, e seguida por outras, como MDB, PSB e PSDB, que é do partido do governador. 

Alterações repercutiu de forma positiva entre os deputados 

O presidente da Comissão de Educação da Assembleia, Carlos Búrigo (MDB), celebrou a mudança. “Embora os percentuais sejam aquém do que a categoria merece e precisa. Trata-se de um avanço, o possível no momento, e sem dúvida, viabilizado a partir das mudanças estruturais e das reformas do Estado que estamos apoiando nas votações realizadas na Assembleia”. Na mesma linha, Issur Koch (PP) definiu o movimento como uma “retribuição” após a ajuda dos parlamentares na aprovação das reformas. “O governo garantiu que nenhum professor ficará sem reajuste. Caso isso aconteça, que procure e informe”, ressaltou. Ele complementou que o resultado do projeto está “muito aquém do necessário, mas já é um sinal”. “Vamos tentar melhorar”, enfatizou, após o encontro. 

 


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