Parlamentares e ex-colegas exaltam trajetória de Ibsen Pinheiro

Parlamentares e ex-colegas exaltam trajetória de Ibsen Pinheiro

Político morreu nessa sexta-feira após sofrer uma parada cardiorrespiratória

Correio do Povo

Parlamentares e amigos foram se despedir de Ibsen Pinheiro

publicidade

Parlamentares também dirigiram-se até a Assembleia Legislativa para prestar homenagem ao jornalista, advogado e político Ibsen Pinheiro, morto no final da noite dessa sexta-feira. O deputado federal Pedro Westphalen assinalou que Ibsen Pinheiro “dedicou a sua vida ao bem comum”. Segundo ele, tratou-se de “um homem de coragem e sem medo, com determinação e soube conviver com as diferenças de maneira muito leal. Foi ainda um grande colorado”, concluiu. Já o deputado estadual Edson Brum considerou que Ibsen Pinheiro foi “um exemplo para nós como político, foi derrubado e levantou-se com muita consciência, um homem inteligente e intelectual, apaixonado por aquilo que fazia….Ele vai fazer muita falta, vai deixar uma lacuna…”. 

Segundo o deputado estadual Frederico Antunes, Ibsen Pinheiro deixou “demonstrações fundamentais e inequívocas de caráter humano”. O vice-prefeito de Porto Alegre, Gustavo Paim, reforçou o respeito que Ibsen Pinheiro mantinha até mesmo com oponentes. “É um dia triste para a política, para a democracia de Porto Alegre, do Estado e também do Brasil. Ibsen, por todo histórico, além de político, ele honrou o país. Honrou especialmente seu partido, o MDB, mas também todos os outros pela maneira com que dialogava. Ele era um grande cidadão e um grande colorado. Até como conselheiro do Inter é uma grande perda. Ele foi um mestre da política, respeitava a democracia.. Era uma pessoa diferenciada e honrou a política”, declarou. 

Já o procurador-geral de Justiça, Fabiano Dallazen, falou que Ibsen Pinheiro foi extremamente importante para o Ministério Público. “A grande mudança do MP foi a partir da Constituição de 1988 e o então deputado Ibsen teve um papel fundamental na época em que trabalhou-se com ele para colocar na Constituição o MP com prerrogativas e poderes que permitiram depois ser o indutor de boa parte da cidadania, da proteção social.... Eu tenho certeza que o MP não seria metade do que é se não fosse a Carta Constitucional de 1988 e o Ibsen teve papel relevante nisso. Devemos muito a ele”, enfatizou. 

O ex-presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul e ex-presidente da Confederação Nacional de Municípios, Gil Almeida, apontou que Ibsen Pinheiro foi “uma das mais expressivas lideranças” e “ele sempre tinha a palavra, um caminho a oferecer e com extrema generosidade”. Na opinião dele, Ibsen cumpriu “uma missão extraordinária e excepcional como homem público, cidadão e desportista”. Ex-primeira dama do Estado e ex-secretária estadual da Educação, Neuza Canabarro revelou como o ex-governador Alceu Collares recebeu a notícia. “Ele achou que Ibsen morreu muito jovem com 84 anos e que passou na frente dele que tem 92 anos”, confidenciou. “Ibsen foi companheiro e sempre atuou em defesa do Rio Grande do Sul”, sintetizou. “Tínhamos um carinho muito enorme por ele”, observou. 

O vereador Cassiá Carpes lamentou a perda de “um grande cidadão, um grande gaúcho, meu conterrâneo de São Borja”. Ele afirmou que uma vez recebeu em casa a visita de Ibsen Pinheiro quando deixou de ser treinador do Internacional. “Aquilo marcou muito e a partir dali tivemos uma aproximação e um contato maior”, disse. Integrante da Associação Riograndense de Imprensa, o jornalista João Batista Filho salientou que “Ibsen teve uma carreira completa, fez o que gostava e bem feito, um homem inteligente e estudioso de todos os temas, sempre foi respeitado por falar bonito mas falava bonito por que pensava bem”. Na política, avaliou, Ibsen teve destaque em “uma época de crença e de esperança que foi a redemocratização do país”. Já o chargista Marco Aurélio contou uma curiosidade sobre a primeira campanha de Ibsen Pinheiro para vereador de Porto Alegre. “Nossa meta era apertar a mão de 250 pessoas por dia. Na primeira candidatura dele, ele falou para mim: vou me candidatar mas se tu me ajudar, senão não vou...Eu disse: conta comigo. Ele tinha a chave da minha casa, chegava às sete da manhã e preparava nosso café”, rememorou. “Ele foi um grande amigo”, resumiu. 

 


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895