PF encaminha à CPI inquéritos da Covaxin e nega corte de vídeo

PF encaminha à CPI inquéritos da Covaxin e nega corte de vídeo

Corporação desmente notícia de que teria extraído trecho de depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello

R7

Ex-ministro Eduardo Pazuello tem depoimento marcado para o dia 19 na CPI

publicidade

A Polícia Federal informou, por meio de nota à imprensa, que encaminhou aos integrantes da CPI da Covid a íntegra dos autos do inquérito que apura eventuais irregularidades na aquisição da vacina indiana Covaxin. "Foram também encaminhados os vídeos contendo os depoimentos de oito pessoas intimadas, todos sem qualquer edição", diz a nota.

Segundo a PF, o envio dos documentos ocorreu na segunda-feira (2), mesma data em que a comissão parlamentar recebeu a cópia, também integral, do inquérito instaurado por determinação da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber. Esta segunda investigação apura se o presidente Jair Bolsonaro prevaricou no caso da Covaxin, após ser alertado sobre irregularidades pelo deputado Luis Miranda (DEM-DF) e por seu irmão, o servidor Luís Ricardo Miranda, em março deste ano.

Os irmãos Miranda afirmam terem avisado Bolsonaro sobre suspeitas de irregularidades na compra da Covaxin. Na investigação, a PF apura se o presidente não tomou as medidas cabíveis após tomar conhecimento da denúncia, o que constitui crime de prevaricação.

Corte de vídeo

Notícias veiculadas pela imprensa sugeriram que, em relação ao depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, a Polícia Federal (PF) enviou à CPI apenas o vídeo do inquérito sobre a negociação da Covaxin - e teria cortado a gravação sobre a investigação sobre prevaricação, em que Pazuello teria citado Bolsonaro.

Na nota enviada à imprensa, a PF nega que tenha filmado Pazuello no segundo inquérito - apenas no primeiro. "As alegações defensivas do depoente, embora não estejam gravadas, foram registradas por escrito e igualmente encaminhadas na íntegra", informa.

A Polícia Federal disse, ainda, que "em obediência às disposições processuais penais e com o objetivo de resguardar o andamento das investigações, solicitou à comissão parlamentar o necessário sigilo das oitivas". Além disso, a corporação determinou abertura de investigação para apurar o vazamento dos inquéritos e depoimentos.


Mais Lidas

Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895