Planalto diz que não se manifestará sobre fala do secretário da Cultura

Planalto diz que não se manifestará sobre fala do secretário da Cultura

Roberto Alvim parafraseou ministro da propaganda nazista em vídeo publicado no Twitter

AE

Alvim parafraseou fala de Goebbels em vídeo divulgado no Twitter

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O Palácio do Planalto afirmou, em nota, que não vai se manifestar sobre a fala do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, cujo discurso apresentou frase quase idêntica à do ideólogo nazista Joseph Goebbels e que foi divulgada em um vídeo em canais oficiais do governo. Em nota, a assessoria de imprensa do Planalto afirmou que o secretário "já se manifestou oficialmente". 

A fala de Alvim gerou repercussão negativa na política e em redes sociais. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu que o governo de Jair Bolsonaro afaste o secretário da Cultura. Nessa quinta-feira, pouco antes da divulgação do vídeo, Alvim participou de uma transmissão ao vivo nas redes sociais ao lado do presidente Jair Bolsonaro justamente para anunciar o Prêmio Nacional das Artes.

Após a polêmica, Alvim usou o seu perfil no Facebook para esclarecer o seu pronunciamento. 

As falas são muito semelhantes. Alvim, em sua manifestação, ao som de uma composição de Richard Wagner, músico predileto de Adolf Hitler, diz o seguinte: "A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes de nosso povo, ou então não será nada", afirmou Alvim no vídeo postado nas redes sociais.

Conforme o livro "Goebbels: a Biography", de Peter Longer, o então ministro alemão disse a diretores de teatro: "A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada". 

 

 


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