Políticos de oposição criticam decisão de Moro de exonerar Ilona Szabó

Políticos de oposição criticam decisão de Moro de exonerar Ilona Szabó

Parlamentares acusaram ministro de ser "fraco" frente às pressões do governo

AE

Nomeação de Moro havia sido publicada no Diário Oficial na quarta-feira

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A decisão do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, de revogar a nomeação da cientista política Ilona Szabó para uma vaga de suplente no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) está movimentando as redes sociais às vésperas do feriado de carnaval. Parlamentares da oposição têm acusado Moro de ser fraco e sensível demais às pressões dos apoiadores do presidente Jair Bolsonaro - isso porque assim que a nomeação de Ilona foi feita, eleitores do presidente passaram a criticar a decisão.

"Moro foi covarde ao revogar a nomeação de Ilona Szabó para o conselho de política criminal e penitenciária. Um fraco", tuitou a deputada Maria do Rosário (PT-RS).

Para Nilto Tatto (PT-SP), a decisão de Moro de revogar a nomeação se explica pelo governo ser formado por "toscos e parvos", onde "não há espaço para pensantes".

Já o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, foi mais cortês nas críticas. "Venceu a intolerância. Perdeu o respeito ao pluralismo democrático nos conselhos da República", tuitou.

"O 'juiz moralizador' trocou a ética da convicção pela da conveniência e submissão", escreveu no Twitter o deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ).

Também pelo Twitter, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) disse que "o recuo do 'ministro da Justiça' sobre Ilona Szabó (...) mostra que seu discurso escorreu pelo ralo tem tempo. O valor técnico, tão amplamente 'defendido' pelo governo, não parece ser tão importante assim. Desastre."

Houve críticas mesmo entre deputados da base do governo. O deputado Alexandre Leite (DEM-SP) escreveu: "constrangedor (sic) a nomeação de Ilona, mais constrangedor ainda é sua exoneração. O governo deve melhorar sua comunicação e alinhar bem as nomeações antes de publicá-las. O presidente foi eleito com determinadas bandeiras e acaba sendo vítima dele mesmo". 


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