PP espera por reunião com Marchezan para definir rumo sobre a Prefeitura

PP espera por reunião com Marchezan para definir rumo sobre a Prefeitura

Com debates da executiva e do diretório marcados para este fim de semana, encontro do vice Gustavo Paim com prefeito Nelson Marchezan Júnior, hoje, é visto como decisivo

Luiz Sérgio Dibe

Reunião de hoje à noite é considerada definitiva para os rumos do PP no Governo Municipal

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O Partido Progressista da Capital espera pelo resultado de uma reunião entre o representante da sigla e vice-prefeito, Gustavo Paim (PP), com o prefeito Nelson Marchezan Júnior (PSDB), prevista para ocorrer hoje à noite, para definir seu rumo com relação à participação no governo municipal. "O que o partido definirá neste fim de semana dependerá muito da reunião do Paim com o Marchezan. Do que eles conversarem, vai ter uma solução. Não sabemos ainda em que sentido", descreveu o presidente do PP, vereador João Carlos Nedel (PP).

A reunião entre o progressista e o tucano, segundo Nedel, será à noite. Paim, que esteve em missão na Europa, tem seu desembarque em Porto Alegre previsto para ocorrer ao final da tarde. Nedel conta que buscará falar com o vice-prefeito logo após o encontro com Marchezan. A razão, explica o presidente municipal do PP, é ter as informações necessárias para apresentação aos membros do partido em dois momentos: no sábado, em reunião da executiva; e, no domingo, em encontro do diretório municipal.

O desentendimento entre tucanos e progressistas, que elegeram prefeito e vice na Capital, teve episódios marcantes desde o ano passado com as discussões sobre a revisão no IPTU, em projeto encaminhado pelo prefeito à Câmara de Vereadores. A gota d'água para Marchezan, na visão do vereador Nedel, teria sido o comportamento dos vereadores do PP na votação da matéria, em abril desse ano. Dos quatro integrantes da bancada, dois votaram contra. O posicionamento divergente de parte dos vereadores teria sido encarado como uma afronta pelo prefeito.

Desde então, indicam os progressistas, teriam ocorrido exonerações sistemáticas entre seus quadros cedidos para cargos na Prefeitura. As demissões foram consideradas como uma retaliação. Nas últimas semanas, cartas foram trocadas entre dirigentes do PP e do PSDB, apontando formalmente os descontentamentos e expondo o desgaste na relação, ao ponto que o prefeito passou a sustentar publicamente que o Partido Progressista não faz mais parte de seu governo.

Na última terça-feira, o PP se reuniu na Câmara de Vereadores para debater a situação e suas lideranças mantinham o discurso de que o governo também pertence ao PP, por ter sido eleito como vice.

A ausência de Gustavo Paim, contudo, impediria uma deliberação. O clima no encontro era tenso. Além de Nedel, o presidente estadual da sigla, Celso Bernardi (PP), participou dos debates buscando tranquilizar os ânimos dos colegas. "Nedel é experiente e saberá conduzir esta questão com o equilíbrio necessário", apontou, na ocasião.


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