Prefeitura encaminha projeto que pretende diminuir rombo da Previdência de Porto Alegre

Prefeitura encaminha projeto que pretende diminuir rombo da Previdência de Porto Alegre

Medida pretende transferir pensionistas do regime geral para capitalização

Correio do Povo

A Capital tem 1.029 pensionistas que ingressaram no regime geral antes de dezembro de 1995

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O Executivo enviou para a Câmara de Vereadores projeto de lei complementar que pretende transferir pensionistas ingressantes no regime de Repartição simples até dezembro de 1995 para a Capitalização. Conforme a Prefeitura, são 1.029 beneficiados nessa condição. A medida pretende diminuir o ritmo de crescimento do rombo da Previdência do município, que chegou a R$ 900 milhões no ano passado.

Com a revisão, será possível reduzir o custo de transição aos cofres públicos de um modelo para outro, já que as contribuições da Capitalização não são utilizadas para o pagamento do regime de Repartição Simples. Na prática, a alteração reduzirá a necessidade de aporte da prefeitura, contribuindo para os ajustes das contas públicas municipais, reduzindo o déficit da previdência. 

O diretor-geral do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores do Município (Previmpa), Renan da Silva Aguiar, afirma que a proposta não apresenta risco ao equilíbrio financeiro e atuarial do setor. Diz ainda que o projeto tem fundamentação legal, no caso a Portaria nº 464, de 19 de novembro de 2018, que possibilita implementar uma revisão da segregação de massas por meio de estudo técnico. “A revisão da segregação de massas é a transferência de um grupo de servidores, geralmente, de um regime de repartição simples para um grupo de capitalização”, diz. 

Os servidores da ativa, aposentados e pensionistas que ingressaram até setembro de 2001 no serviço público ficaram no Plano de Repartição Simples. Já os funcionários que ingressaram posteriormente foram para o Regime de Capitalização. 

Déficit 

No Regime de Repartição Simples não há formação de reservas e os recursos recebidos são utilizados para pagamento dos atuais aposentados e pensionistas, ficando a cargo do Município a cobertura do rombo de aproximadamente R$ 900 milhões, alcançado no final de 2018.

O Plano de Capitalização, baseado em formação de “poupança”, de forma que as contribuições são rentabilizadas e utilizadas para o pagamento dos benefícios futuros. “Ou seja, não há uma geração pagando a outra como ocorre no regime de repartição simples”, diz o diretor do Previmpa. 

Com informações da Prefeitura de Porto Alegre


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