Presidente do TJ nega falta de diálogo com servidores em greve

Presidente do TJ nega falta de diálogo com servidores em greve

Desembargador Carlos Eduardo Duro disse ser favorável a reivindicação da categoria

Laura Gross / Rádio Guaíba

publicidade

Antes do início do julgamento de processos pelo Órgão Especial, na tarde desta segunda-feira, o presidente do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, relatou ao colegiado o impasse referente à greve dos servidores do Judiciário, que já dura 50 dias. O magistrado assegurou que não procede a alegação de falta de diálogo com os trabalhadores.

Durante a fala, Duro lembrou que recebeu lideranças dos servidores em duas ocasiões, em outubro. Também recordou que outras reuniões envolveram o 3º Vice-Presidente do TJ, desembargador Túlio Martins, e o Diretor-Geral do TJ, Ivandre Medeiros. Mais um encontro é previsto para esta terça.

O desembargador disse ser favorável à reivindicação da categoria, de reajuste do auxílio-alimentação, mas ressalvou que a matéria carece de projeto de lei. Ele também frisou que o custo estimado para isso é de R$ 40 milhões. Em relação à reivindicação do aumento do auxílio-condução aos oficiais de justiça, o presidente do TJ esclareceu que o assunto também exige projeto de lei.

Sobre a hipótese de abonar as faltas dos grevistas, o Magistrado disse não ser possível, sob o risco de ser enquadrado pelo crime de improbidade administrativa. No entanto, adiantou que a compensação dos dias não-trabalhados pode ser viabilizada, assim que a greve terminar.

De acordo com Duro, a adesão à greve vem diminuindo: eram 856 presenças não-efetivadas, em 28 de outubro, contra 352, no dia 8 deste mês.

OAB cobra providências da Corte

Na semana passada, a seccional gaúcha da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) divulgou uma nota em que cobra providências em relação à greve. O órgão encaminhou o pedido à Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça, que garantiu estar realizando ações para que a paralisação não prejudique os serviços prestados à população.

Sobre a greve

Em 1º de novembro, os servidores decidiram, em assembleia, seguir em greve. Cerca de mil trabalhadores, entre oficiais de justiça, escreventes e assistentes sociais, participaram do encontro, no salão da Igreja Nossa Senhora da Pompéia. A decisão ocorreu mesmo após a rejeição, pela Assembleia Legislativa, de um projeto de lei que era criticado pela categoria.

Entre as outras pautas pendentes, os servidores exigem a criação de um plano de carreira e reajuste salarial. A Associação dos Servidores da Justiça (ASJ), o Sindicato dos Servidores da Justiça (Sindjus) e a Associação dos Oficiais de Justiça (Abojeris) organizaram a plenária de sexta-feira passada.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895