Proibição de reajuste vale para salário de ministros do STF, diz relator

Proibição de reajuste vale para salário de ministros do STF, diz relator

Qualquer elevação nos salários dos magistrados em 2019 geraria efeito cascata em todo o Judiciário

AE

Proibição de reajuste vale para salário de ministros do STF, diz relator

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A proibição para a concessão de novos reajustes para o funcionalismo em 2019, prevista no parecer do projeto de lei que estabelece diretrizes para o Orçamento do ano que vem (PLDO), impedirá inclusive qualquer negociação de novos aumentos para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou o relator, senador Dalírio Beber (PSDB-SC)."Nenhum tipo de reajuste está sendo admitido no nosso relatório, nem de ministros do STF", disse. "É o que podemos fazer para contribuir nesse universo de dificuldade que vive o País."

Qualquer elevação nos salários dos ministros do STF em 2019 geraria um efeito cascata em todo o Judiciário, inclusive nos Estados, que já sofrem com restrições fiscais e dificuldades para pagar o funcionalismo. O último reajuste concedido a ministros do STF foi aprovado em 2015, elevando o teto remuneratório de todo o funcionalismo para R$ 33,7 mil mensais. É esse o valor que está em vigor atualmente.

Beber evitou dizer se a resistência já anunciada por grupos de servidores contra as propostas no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) será capaz de derrubar a medida. "Não posso responder, sou apenas o relator da LDO. Espero que os demais deputados e senadores, que têm sua avaliação pessoal, aprovem a lei como proposta, dada a nossa dificuldade (fiscal). Mas tenho a humildade de reconhecer que vale a opinião da comissão (de Orçamento)", afirmou.

O senador admitiu ainda que o próximo presidente da República poderá propor mudanças na LDO, caso considere que há espaço fiscal para flexibilizar as proibições, e que haverá um novo Congresso recém-eleito para deliberar sobre o tema. "Neste momento, acho que não podemos criar obrigações. Mas não significa que passaremos 12 meses sob essa lei", disse. Beber ressaltou que a proposta da LDO 2019 não alcança reajustes já aprovados para o início do ano que vem. Esses aumentos podem ser alvo de outra tentativa do governo de adiá-los para 2020, como já defendeu o ministro do Planejamento, Esteves Colnado.

Como mostrou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, o governo poderia ter uma economia de R$ 6 bilhões no ano que vem caso os reajustes postergados atinjam somente servidores civis, ou de R$ 11 bilhões, caso alcancem também os militares. O relatório da LDO deve ser discutido ainda nesta quarta-feira, 4, na Comissão Mista de Orçamento (CMO). O senador evitou cravar um calendário de tramitação, mas disse que a intenção é votar o texto no plenário do Congresso antes do recesso, que inicia em 18 de julho, uma quarta-feira. "Espero que não tenhamos nenhum impasse na votação da LDO. Queremos ver a nossa LDO aprovada antes do recesso", afirmou.

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