Protesto do Dia do Trabalho convoca para greve geral em 14 de junho

Protesto do Dia do Trabalho convoca para greve geral em 14 de junho

Mobilização reuniu milhares de pessoas contra Reforma da Previdência proposta pelo governo

Estadão Conteúdo

Multidão começou ato na orla e seguiu por região central

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Um ato na orla do Guaíba, em Porto Alegre, marcou o Dia do Trabalho com o anúncio de uma greve geral, prevista para 14 de junho. A mobilização, contra a Reforma da Previdência proposta pelo governo federal, uniu sindicatos, associações de classe, partidos políticos e movimentos sociais. Segundo os organizadores, 8 mil pessoas participaram do protesto, que começou em uma concentração na Rótula das Cuias, na avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, e seguiu pela orla, chamando a atenção das famílias que aproveitavam o feriado à beira do Guaíba.

Bandeiras e faixas contra a PEC 006/2019 se misturaram aos passeios de cachorros, bicicletas e às cadeiras de praia. “Todas as centrais sindicais se uniram neste dia. É um movimento histórico”, conta o presidente da Central Única dos Trabalhadores no RS (CUT-RS), Claudir Nespolo. De uma plenária na Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Instituições Financeiras (Fetrafi), na rua Fernando Machado, no Centro, saíram representantes da CUT-RS que se juntaram ao ato em uma caminhada recheada de gritos de ordem e canções de protesto.

“Queremos sensibilizar a população para informar sobre os danos desta reforma que significa o desmonte da seguridade social no Brasil”, alerta Nespolo. Um dos objetivos da Central é conseguir 600 mil assinaturas contra a reforma até o dia da greve. A caminhada pela orla até o ato na Rótula da Usina do Gasômetro, na avenida João Goulart, próximo à Câmara dos Vereadores, transcorreu sem problemas, segundo a Brigada Militar, que não estimou a quantidade de pessoas no local.

Alguns motoristas buzinavam e pedestres acenavam, em tom de apoio ao protesto, que contou com lideranças da esquerda como as deputadas federais Maria do Rosário (PT) e Fernanda Melchionna (PSol), deputada estadual Sofia Cavedon (PT), Raul Pont, Pedro Ruas e Miguel Rossetto. “O mês de maio é sempre importante para nós. Refletimos e nos mobilizamos. Esta reforma destrói a aposentadoria. Vai transformar trabalhadores idosos em indigentes”, diz Rossetto, que foi ministro do Trabalho e da Previdência Social no governo de Dilma Rousseff.


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