Provas de conversa com Bolsonaro estão "muito bem guardadas", afirma Miranda
Deputado salientou que ninguém perguntou ao seu irmão se havia alguma gravação
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O deputado Luis Miranda (DEM-DF) disse ao Blog do Nolasco, do portal R7, que as provas da conversa com o presidente Jair Bolsonaro, em março, estão “muito bem guardadas”. O parlamentar garante que não registrou a conversa com Bolsonaro, mas lembra que ninguém perguntou ao irmão dele se havia alguma gravação.
Luis Miranda disse também que “está esperando” e que só vai usar as provas “caso necessário para proteger minha honra”. E completou, “acho que vai ser muito ruim politicamente continuar nessa briga. Fiz o meu dever, não ocultar algo muito errado, expus situação grave, porém não quero continuar envolvido, quem tem que continuar é a polícia.”
Na última sexta-feira, em depoimento à CPI, o parlamentar afirmou ter alertado o presidente sobre supostas irregularidades na aquisição da vacina Covaxin. Luis Miranda ainda disse que no encontro, em março, no Palácio da Alvorada, o presidente sinalizou saber que a tentativa de compra superfaturada envolvia o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR). O deputado nega envolvimento no processo de compra e deve prestar depoimento à CPI.
Nesta segunda-feira, o vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues, apresentou notícia crime ao STF contra o presidente. Ele alega que o presidente prevaricou, se omitiu, ao saber das irregularidades. Bolsonaro sustenta que alertou o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre os problemas e que as falhas nos documentos de compra foram solucionados pelo Ministério. O governo também argumento que a compra da Covaxin nunca foi efetivada e que não houve nenhum pagamento pelo imunizante.