PSB decide não apoiar nenhum candidato a presidente

PSB decide não apoiar nenhum candidato a presidente

Partido busca emplacar os dez nomes que disputam governos estaduais

Agência Brasil

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Por aclamação e sem abstenções, o PSB decidiu neste domingo, em convenção nacional, não apoiar formalmente presidenciáveis na disputa eleitoral de outubro ou fazer coligações com outros partidos. A aposta é que, com esse formato, o partido consiga emplacar os dez nomes do PSB que disputam governos estaduais, além dos 11 candidatos ao Senado pela legenda. Com essa decisão, a legenda pretende formar alianças de centro-esquerda com orientação para uma agenda progressista nas disputas regionais.  O partido chegou a analisar a proposta apoiar Ciro Gomes, que teve nome aprovado pelo PDT no primeiro dia de convenções, em 20 de julho, mas a iniciativa foi derrotada.

Na prática, haveria um acordo com o PT para apoiar candidatos do PSB em, pelo menos, quatro estados - Pernambuco, Amapá, Amazonas e Paraíba - além da possibilidade de inclusão de Tocantins. Em contrapartida, o PSB daria apoio aos petistas que disputam os governos do Acre, da Bahia, do Ceará e do Rio Grande do Norte. Neste formato, os socialistas teriam liberdade ainda para alianças com outras legendas como o PDT, buscando o fortalecimento da base nos estados.

A não coligação nacional era um dos três caminhos que o PSB definiu como possíveis durante um congresso da legenda em março deste ano. A primeira e mais desejada proposta, na época, seria o de candidatura própria para Presidência, mas que foi inviabilizada em maio, quando o então nome apoiado pelo PSB - o de Joaquim Barbosa, ex-ministro do STF - anunciou que não disputaria as eleições.

Disputas internas

Enquanto a votação sobre o apoio ou não a um presidenciável foi tranquila, as discussões sobre as divergências nos Estados esquentam o debate. Desde o momento do credenciamento, cartazes, faixas e gritos de protesto e de ordem de diferentes correntes do partido nos estados - como Rio de Janeiro e Minas Gerais, onde a escolha de candidatos foi marcada por fortes divergências - sinalizavam qual seria a temperatura da convenção. O primeiro recurso a ser votado foi em relação à candidatura de Márcio Lacerda, em Minas Gerais, que, por decisão da presidência do partido acabou sendo anulada.

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