PSOL e Rede protocolam representação contra Lúcio Vieira Lima

PSOL e Rede protocolam representação contra Lúcio Vieira Lima

Partidos alegaram que entre os parlamentares acusados de corrupção, nenhum outro "tem tanta simbologia"

AE

Partidos alegaram que entre os parlamentares acusados de corrupção, nenhum outro "tem tanta simbologia"

publicidade

PSOL e Rede protocolaram na manhã desta quinta-feira, no Conselho de Ética na Câmara dos Deputados, uma representação por quebra de decoro parlamentar contra o deputado Lúcio Vieira Lima (PMSDB-BA), irmão do ex-ministro Geddel Vieira Lima, que está preso. Os partidos alegaram que entre todos os parlamentares acusados de corrupção, nenhum outro "tem tanta simbologia" quanto o peemedebista.

"A Câmara dos Deputados precisa agir", disse o deputado Ivan Valente (PSOL-SP). No pedido, os partidos acusam Viera Lima de pertencer a uma organização criminosa de lavagem de dinheiro e peculato (por utilizar servidores pagos com recursos da Câmara para tarefas privadas). Os partidos pedem a cassação do mandato do deputado baiano.

Com o protocolo da representação, o Conselho de Ética deve garantir ainda este ano a instauração do processo e a escolha do relator. O prazo de 90 dias para a análise do pedido só passará a contar a partir de fevereiro, no retorno do recesso. Vieira Lima não é visto no plenário da Câmara desde o dia 27 de novembro.

Celso Jacob

Os partidos não descartam a possibilidade de representar também o deputado Celso Jacob (PMDB-RJ), que atualmente cumpre pena no presídio da Papuda, no Distrito federal. Os parlamentares admitem, no entanto, que o caso do deputado fluminense é secundário diante do simbolismo de Vieira Lima. "Ele (Jacob) é um caso secundário no xadrez político. Geddel e Lúcio são homens do poder central", disse Valente.

Segundo o deputado do PSOL, os partidos não querem "entupir" os trabalhos do Conselho de Ética e a tática é focar nos homens do presidente Michel Temer. "Vamos insistir na apuração desses crimes que podem revelar outras ações criminosas do presidente Michel Temer", concordou o deputado Alessandro Molon (Rede-RJ).

O Tribunal de Justiça já notificou a secretaria-geral da mesa diretora da Câmara da punição imposta a Jacob desde que ele foi flagrado voltando ao presídio com alimentos na cueca. O peemedebista foi punido com a reclusão na solitária e está impedido de exercer o mandato durante o dia.

O comando da Casa não decidiu se vai convocar o suplente do parlamentar para ocupar a vaga aberta. O gabinete do parlamentar continua funcionando normalmente - e suas prerrogativas parlamentares não foram suspensas.

Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895