Queiroz se diz abandonado e mostra vontade de reorganizar PSL, diz jornal

Queiroz se diz abandonado e mostra vontade de reorganizar PSL, diz jornal

Em áudio vazado, ex-assessor de Flavio Bolsonaro afirma que investigação do MP poderá implicar grupo político

AE

O processo chegou ontem à noite a Brasília

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Em áudios de WhatsApp, o policial aposentado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), se queixa de ter sido abandonado pelo grupo político que elegeu Jair Bolsonaro no enfrentamento da investigação que o Ministério Público move contra ele e o senador. Os áudios, enviados a interlocutor não identificado, foram repassados à Folha de S.Paulo por uma fonte que pediu para não ser identificada. Queiroz está no centro de uma investigação contra Flávio Bolsonaro por supostas práticas de lavagem de dinheiro, peculato e organização criminosa no gabinete do filho do presidente à época em que ele era deputado pelo Estado do Rio de Janeiro. O caso foi revelado pelo Estadão em dezembro do ano passado.

Na conversa, datada de junho, Queiroz reclama de ter sido abandonado pelo grupo político que elegeu Bolsonaro e dimensiona o tamanho do problema que a investigação poderá causar. "É o que eu falo, o cara está hiperprotegido. Eu não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar. Ver e tal... É só porrada. O MP (Ministério Público) está com uma pica do tamanho de um cometa para enterrar na gente. Não vi ninguém agir", queixou-se o ex-assessor de Flávio Bolsonaro.

Mas, em outro trecho do áudio, o policial aposentado revela ter planos para lapidar o que ele chama de "bagunça" no diretório Regional do PSL no Rio de Janeiro, até agora comandado por Flávio Bolsonaro. "Resolvendo essa p*** que está vindo na minha direção, se Deus quiser vou resolver, vamos ver se a gente assume esse partido aí. Eu e você de frente aí. Lapidar essa p***", afirmou ele ao interlocutor.


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