Questão técnica fez RS ser rejeitado para regime de recuperação fiscal, diz líder do governo

Questão técnica fez RS ser rejeitado para regime de recuperação fiscal, diz líder do governo

Gabriel Souza destacou que novos dados serão apresentados para reverter a decisão do Tesouro Nacional

Correio do Povo

Líder do governo na Assembleia, Gabriel Souza

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Uma "diferença de interpretação de números" fez o Tesouro Nacional recusar o Rio Grande do Sul para aderir ao regime de recuperação fiscal. A informação é do líder do governo na Assembleia Legislativa do RS, Gabriel Souza. Segundo ele, o relatório apresentado ao Tesouro não incluiu - em despesas da folha de pagamento - itens como imposto de renda, auxílios e bolsas.

"São despesas que constam na Lei de Responsabilidade Fiscal como parte da folha de pagamento, mas que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) retira do gasto. Com isso, apresentamos um valor 17% menor do real", explicou o deputado em entrevista nesta terça à Rádio Guaíba. Caso esse valor seja acrescentado no relatório, as depesas com folha de pagamento dos servidores do RS ultrapassariam os 70% exigidos pelo governo Federal para participar do plano de recuperação fiscal.

Na segunda-feira, uma comitiva gaúcha se reuniu com a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi, em Brasília, para discutir a interpretação dos dados. No encontro, o grupo confirmou a instalação da Câmara de Conciliação e Arbitragem para apresentar os novos dados e tentar reverter o parecer do Tesouro Nacional. A primeira reunião ficou marcada para a próxima quarta-feira.

"Temos convicção de transponir essa divergência jurídica. A própria secretária do Tesouro Nacional entende que será possível mudar essa divergência na Advogacia-Geral da União", disse Souza.

Venda de ações do Banrisul

O deputado disse que a comissão gaúcha conseguiu cumprir os dois objetivos com a ida a Brasília: a instalação da Câmara de Conciliação e Arbitragem e a aprovação da venda de ações do Banrisul. Em reunião extraordiária, o Conselho Monetário Nacional, aprovou a comercialização de parte do banco.

O governo Sartori pretende vender 48,57% das ações ordinárias (com direito a voto) e 14,2% das ações preferenciais que ainda detém. "A maiora das ações ficam com o governo do Estado, então a venda não muda para correntistas", explicou Souza. Agora o presidente Michel Temer precisa sancionar a venda das ações.

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