Reforma da máquina do Estado pode ser ampliada no RS

Reforma da máquina do Estado pode ser ampliada no RS

Constatação foi feita por integrantes do núcleo do Palácio Piratini após resultados das eleições

Taline Oppitz

Resultados das eleições foram pauta de conversas no governo Sartori

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Os resultados das eleições foram pauta nessa terça de integrantes do núcleo do Palácio Piratini em almoço com o governador José Ivo Sartori. E as constatações podem levar a uma reforma ainda mais ampla e profunda na máquina administrativa do Estado, já em discussão internamente no Executivo.

Uma das análises é a de que saíram vitoriosos das urnas candidatos que não sustentaram temor em abordar temas que são quase um tabu no campo político. Como críticas a benefícios e à atuação de corporações, incluindo sindicatos e privatizações. O caso de Nelson Marchezan Júnior, que venceu a disputa em Porto Alegre, acabou sendo um dos exemplos citados na conversa.

Outra análise sustentada foi a de que a maioria da população está farta de sustentar máquinas administrativas inchadas, para atender e acomodar interesses políticos, que não são eficientes, tampouco prestam serviços de qualidade aos contribuintes. Como resultado da conversa, começou a ser elaborado estudo sobre a possibilidade de reduzir ainda mais o número de secretarias.

Quando assumiu o governo, Sartori reduziu o número de pastas de 29 para 20. A diminuição pode constar do pacote de reestruturação do Estado, que será concluído neste mês, para ser anunciado provavelmente em dezembro. A medida, no entanto, ampliará a dificuldade de êxito de iniciativa simultânea, essencial para viabilizar alguns planos do Executivo, de reforçar a base aliada na Assembleia.

Com moderação

Apesar de o governador ter aguardado o fim das eleições para ter a possibilidade de aproveitar lideranças que não obtiveram sucesso nas urnas na reforma do secretariado, a iniciativa será colocada em prática com moderação. Segundo integrantes da cúpula do Piratini, haverá cuidado para não abrir margem à interpretação e ao rótulo de que será “um governo formado por derrotados”.

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