Reforma da máquina do Estado pode ser ampliada no RS
Constatação foi feita por integrantes do núcleo do Palácio Piratini após resultados das eleições
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Uma das análises é a de que saíram vitoriosos das urnas candidatos que não sustentaram temor em abordar temas que são quase um tabu no campo político. Como críticas a benefícios e à atuação de corporações, incluindo sindicatos e privatizações. O caso de Nelson Marchezan Júnior, que venceu a disputa em Porto Alegre, acabou sendo um dos exemplos citados na conversa.
Outra análise sustentada foi a de que a maioria da população está farta de sustentar máquinas administrativas inchadas, para atender e acomodar interesses políticos, que não são eficientes, tampouco prestam serviços de qualidade aos contribuintes. Como resultado da conversa, começou a ser elaborado estudo sobre a possibilidade de reduzir ainda mais o número de secretarias.
Quando assumiu o governo, Sartori reduziu o número de pastas de 29 para 20. A diminuição pode constar do pacote de reestruturação do Estado, que será concluído neste mês, para ser anunciado provavelmente em dezembro. A medida, no entanto, ampliará a dificuldade de êxito de iniciativa simultânea, essencial para viabilizar alguns planos do Executivo, de reforçar a base aliada na Assembleia.
Com moderação
Apesar de o governador ter aguardado o fim das eleições para ter a possibilidade de aproveitar lideranças que não obtiveram sucesso nas urnas na reforma do secretariado, a iniciativa será colocada em prática com moderação. Segundo integrantes da cúpula do Piratini, haverá cuidado para não abrir margem à interpretação e ao rótulo de que será “um governo formado por derrotados”.