Renan anuncia senador Heinze na lista de pedidos de indiciamento

Renan anuncia senador Heinze na lista de pedidos de indiciamento

Relator tomou a decisão após pedido do senador Alessandro Vieira

R7

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O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou a inclusão do senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) na lista de pedidos de indiciamento do relatório final da comissão. A inclusão atendeu a um pedido do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), depois que Heinze leu seu voto em separado. O número de pedidos de indiciamento, agora, sobe para 81, com 79 pessoas na lista e duas empresas.

Vieira afirmou que o colega parlamentar voltou a difundir desinformação no curso da sessão e pediu a sua inclusão no relatório final por incitação ao crime. "O que ele fala repercute na vida das pessoas. Essa comissão, a ciência, a imprensa, todos já apresentaram um volume imenso de informações que mostra que esses dados que o senador repete aqui são falsos. Mas, infelizmente, o eleitor do Heinze, no interior do Rio Grande do Sul, vai entender que é verdadeiro, porque ele está abrindo a internet e vendo o senador Heinze repetindo todos os dias, sem nenhuma reprimenda", afirmou.

O senador frisou que a CPI está propondo o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro e não pode fechar os olhos perante a conduta de um colega parlamentar. "Quem dissemina notícias falsas ataca a saúde do brasileiro", ressaltou Alessandro Vieira. Calheiros, então, destacou que "apesar das advertências, Heinze reincidiu todos os dias, apresentando estudos falsos e já negados pela ciência". 

"Pela maneira como incitou o crime em todos os momentos, eu queria nesta última sessão dar uma presente a Vossa Excelência. Vossa Excelência será o 81º indiciado desta comissão", pontuou o relator. Os senadores governistas logo se manifestaram. O líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), pediu que Calheiros reconsiderasse a decisão. "Estamos nos aproximando do final, e uma atitude dessas parece ser precipitada, uma decisão acalorada", afirmou. O relator, entretanto, não recuou.


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