Reunião sobre alíquotas de contribuição de servidores termina sem acordo
Governo fez nova proposta que representaria economia de R$ 650 milhões por ano.
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A reunião entre o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, e líderes das bancadas da base aliada, realizada na manhã desta terça-feira, terminou sem acordo no que diz respeito às alíquotas de contribuição dos servidores estaduais. O único tópico que ficou acertado é a votação do projeto de lei complementar (PLC) 503/2019 em plenário na sessão da Assembleia Legislativa que começa a partir das 14h.
O governo apresentou uma proposta de mudança na alíquota da Previdência dos servidores civis. A proposta inicial representaria economia de R$ 800 milhões por ano. Com a mudança, ficará em torno de R$ 650 milhões.
"Não tem partido que tenha proposta. O governo tem duas propostas. Temos a original e temos uma que é similar à iniciativa federal. Ela reduz em valores significativos aquilo que se tinha projetado de ingresso com as mudanças das alíquotas, fazendo com que muitos servidores tenham aumento real. Isto é um avanço", disse o líder do governo na Assembleia, deputado Frederico Antunes (PP). "Todas as bancadas que estiveram aqui foram ouvidas e elas podem ter condições de fazerem a sua escolha", acrescentou.
O clima que antecedeu a reunião foi de tensão, principalmente pela presença maciça de manifestantes em frente ao Palácio Piratini. No começo da manhã de hoje, os servidores realizaram uma caminhada até a Praça da Matriz, saindo de diferentes pontos do Centro da cidade para um encontro nas imediações da Assembleia Legislativa e da sede do governo do Estado.
Proposta de emenda foi discutida em reunião nesta terça / Foto: Reprodução / CP
O líder do MDB na Assembleia, deputado Fábio Branco, declarou que a reunião foi bem objetiva. "Foi rápida por isso, tendo em vista tudo que foi apresentado nessa segunda-feira, a ordem do dia será o PLC 503 e a pauta da retirada do pedido de urgência dos outros projetos para poder destravar a pauta. Acho que avançamos um pouco na proposta das alíquotas. Ela impacta menos para as pessoas que recebem um menor salário", afirmou.