RS: Leite deve manter mais de 30% do Secretariado

RS: Leite deve manter mais de 30% do Secretariado

Além do já confirmado Artur Lemos, outros sete nomes são cotados para permanecerem

Felipe Nabinger

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Pouco mais de 30% do secretariado atual deverá ser mantido por Eduardo Leite em seu novo mandato, que inicia no próximo ano. De 25 pastas, contando a Casa Civil, Casa Militar e Defesa Civil e Procuradoria-geral do Estado, a expectativa é que oito nomes sigam à frente das funções que ainda desempenham no governo de Ranolfo Vieira Júnior à frente do executivo. "É um palpite que pode orbitar para mais ou para menos, mas não destoando muito, acredito eu", afirmou o chefe da Casa Civil Artur Lemos, nesta quinta-feira. Para o secretário, o governo não se centra em nomes ou em necessidade de continuidade, mas em entregas que o governo pode fazer para a sociedade. Lemos, único já confirmado para seguir no próximo governo, deverá auxiliar Leite e o vice-governador eleito Gabriel Souza (MDB) na costura política entre os nove partidos, entre aqueles que apoiaram a candidatura desde o início, que se somaram no segundo turno e já após o resultado das urnas, na composição do Secretariado.

Além de Lemos, que segue na Casa Civil, apontado pelo próprio Leite como um “braço direito”, Eduardo Cunha da Costa deverá seguir como procurador-geral. Os dois contam com a confiança de Leite e foi comum durante o primeiro mandato vê-los juntos em momentos mais delicados, como em votações de matérias polêmicas do executivo na Assembleia Legislativa. Outros secretários com tendência pela manutenção nos cargos são Arita Bergmann, na Saúde; Alsones Balestrin, na Inovação, Ciência e Tecnologia; Beatriz Araújo, na Cultura; Cláudio Gastal, no Planejamento, Governança e Gestão; Leonardo Busatto, na Fazenda; e Raquel Teixeira, na Educação.

Os demais postos serão anunciados após o encaminhamento do projeto de reforma administrativa do governo à Assembleia. Mesmo com pouca margem para enxugamento da máquina pública, Leite já externou a intenção de reduzir o número de cargos na gestão pública. Isso não significa, no entanto, que obrigatoriamente haverá redução do número de secretarias, visto que algumas podem ser desmembradas, caso de Obras e Habitação, e da recriação da Secretaria de Desenvolvimento Agrário, desvinculada da Agricultura. O governo deve levar a proposta para apreciação do legislativo no começo da semana que vem.

Independente do desenho, outro ente político de alta conta do governador reeleito é cotado para seguir no executivo. O governador Ranolfo Vieira Júnior, que assumiu após a renúncia de Leite e ocupou, enquanto vice, a Segurança Pública, poderá estar no novo secretariado. A pasta, no entanto, não foi definida. Leite evita o assunto, dizendo manter “a liturgia” do cargo atual que Ranolfo ocupa, à frente do Piratini, mas vê o ex-delegado como alguém com visão total do projeto de governo, com potencial para diferentes funções.

Vice eleito, Gabriel Souza não pode ser descartado no Secretariado, acumulando funções a exemplo do antecessor. Leite diz ser cedo para abordar o tema, embora afirme que Gabriel "será um vice muito atuante". O emedebista já anunciou que não deve assumir outro cargo. 

Fora do Secretariado, na Assembleia Legislativa, um nome importante no primeiro governo de Leite deverá retornar. O deputado estadual reeleito Frederico Antunes (PP), que obteve 100% de aprovação de projetos de lei do executivo no legislativo até deixar a função às vésperas das eleições, manteve apoio ao governador reeleito, mesmo quando seu partido decidiu entrar na campanha de Onyx Lorenzoni (PL) no segundo turno. Sua volta é vista como natural pelo governo, ainda mais com o aceno positivo da legenda pela volta ao governo, devendo contar inclusive com secretarias.

Além da federação PSDB-Cidadania, MDB, União Brasil, Podemos, PSD e, agora, PP, foram convidados para compor o governo o PSB e o PDT. Leite ainda tenta trazer de volta para o executivo o Republicanos e o PL. O governador reeleito esteve nesta quarta-feira reunido com o presidente estadual do PL, Giovani Cherini, em Brasília.


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